Serrano não será punido por briga entre torcedores ocorrida em jogo da série C

O Serrano não sofrerá nenhuma punição por conta da confusão generalizada ocorrida no último domingo (17), no estádio Atílio Marotti em partida válida pela quartas de final do Campeonato Estadual da Série C. A informação foi dada pelo presidente do Serrano Alexandre Beck, o China, que chegou a testemunhar as brigas na partida entre Teresópolis e Brasileirinho.

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As duas equipes que se enfrentaram em Petrópolis haviam alugado o Atílio Marotti para seus jogos na popular Terceirona. E no domingo passado, em jogo decisivo, o Brasileirinho – que no duelo de ida foi derrotado por 1 a 0 – conseguiu no domingo passado um triunfo pelo placar mínimo. A decisão foi para os pênaltis. O Teresópolis levou a vaga, ao ganhar por 4 a 3.

Todavia, Brasileirinho e Teresópolis, que jogaram outras três vezes no Estadual, alimentaram uma rivalidade fora das quatro linhas durante a competição. Troca de provocações, ofensas e críticas de todos os lados pelas redes sociais alimentaram um conflito latente que se transformou em violência no domingo. No relatório do árbitro Igor Lourenço dos Santos, tudo foi exposto e inclusive agressão com uso de madeira.

Após todo o imbróglio, surgiram comentários sobre a possibilidade de o Serrano vir a sofrer uma punição lateral por conta dos eventos acontecidos no jogo da Série C. De acordo com China, o mandante da partida – neste caso o Brasileirinho – é quem deve responder na justiça desportiva. Tanto é que, nesta quinta-feira, às 15 horas, a Federação de Futebol do Rio confirmou o jogo entre Teresópolis e Céres, pela semifinal, no estádio serranista. China disse ainda que o policiamento já foi solicitado.

Jogo antológico completa 39 anos

No dia 19 de novembro de 1980, o estádio Atílio Marotti testemunhou um dos jogos mais marcantes do futebol carioca. O Flamengo, com Zico e tudo mais, enfrentou o Serrano pelo segundo turno do Campeonato Carioca daquele ano e, para surpresa de todos, os donos da casa venceram por 1 a 0, gol marcado por Anapolina no segundo tempo. O resultado eliminou as chances dos cariocas de garantirem o inédito tetracampeonato.

O jogo é lembrado por muita gente até hoje. E tem razões de sobra para isso, afinal, foram quase 15 mil pessoas naquela tarde chuvosa e fria à noite. Tamanha foi a importância daquele resultado que o hoje gestor de futebol do Serrano, Dudu Monsanto, realizou seu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social pela UFJF, em 2001. O documentário conta como Anapolina, obscuro jogador do Serrano, acabou com o sonho do tetra. Vinte anos depois do jogo, Anapolina (falecido em 2013) contou como aquele gol marcado em 19 de novembro de 1980 mudou sua vida..