• Petrópolis: o point das farmácias

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  • 05/11/2019 13:30

    Não é de hoje que Petrópolis é conhecida como o “point” das farmácias devido à quantidade de estabelecimentos do segmento que existem na cidade. Só nas principais vias do Centro Histórico, são 36 lojas do ramo, com destaque para a Rua do Imperador, que em um trecho de cerca de dois quilômetros, concentra 17 farmácias. No lado ímpar, elas estão por toda parte: são 11 no total.

    Só nos últimos meses, duas lojas foram inauguradas no Centro, uma na Paulo Barbosa e outra na  Doutor Nelson Sá Earp. E uma terceira está prestes a ser inaugurada, também no lado ímpar da Rua do Imperador. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em toda a cidade são 151 farmácias – sendo 60 localizadas em todo Centro e 18 em Itaipava. O restante está espalhada em 31 outros pontos por toda a cidade.

    Pela quantidade de estabelecimentos deste tipo registradas na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, podemos dizer que, em Petrópolis, há uma farmácia para cada 1.986 moradores. O número é quase a média estadual. Atualmente são 6.037 lojas em todo o Rio de Janeiro, o que dá uma farmácia para cada 2.842 morador fluminense, de acordo com dados de um levantamento feito pela Close-Up, empresa de consultoria e pesquisa do mercado farmacêutico.

    O crescimento do setor também é comemorado pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar). De acordo com a instituição, entre dezembro de 2017 a novembro de 2018, o faturamento das farmácias do Brasil foi de mais de R$ 119 bilhões. No ano anterior, o resultado ultrapassou os R$ 106 bilhões.

    Segundo o economista Marcelo Sistowksky, o mercado farmacêutico está em franca expansão há pelo menos oito anos. “Esse segmento vem crescendo sempre acima de dois dígitos e do PIB brasileiro. É uma tendência que afeta não só as farmácias, mas também os laboratórios, drogarias de manipulação, entre outros”, comentou o economista. “Em Petrópolis, esse cenário fica claro quando vemos várias lojas fechando mas as farmácias raramente encerram suas atividades, pelo contrário, abrem mais estabelecimentos deste ramo a cada ano”, ressaltou.

    Para Marcelo o envelhecimento da população é um dos fatores principais para o crescimento do setor. Em Petrópolis, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são quase 53 mil idosos, dos quais 180 pessoas têm mais de 100 anos. Segundo o instituto, a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26% entre 2012 e 2018, ao passo que na faixa etária de até 13 anos houve um recuo de 6%.

    “Ainda temos outro fator aqui na cidade que é questão climática. Não existe um petropolitano que não tenha no carro um casaco mesmo no verão e nos dias mais quentes. O tempo aqui muda a todo momento e isso implica em alergias e resfriados, o que pode justificar o faturamento das farmácias”, disse o economista.

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    Percorrendo onze vias do Centro, a equipe da Tribuna encontrou farmácias em todas elas. Além da Rua do Imperador (que concentra a maioria), a Paulo Barbosa vem em segundo lugar, são quatro em toda sua extensão. Em terceiro lugar vem a Doutor Porciúncula. A pequena via localizada ao lado do Terminal Rodoviário do Centro tem quatro estabelecimentos deste tipo.

    Nos bairros, o Alto da Serra e Corrêas saem na frente, oito e sete lojas, respectivamente. Cascatinha, Posse e Bingen, vem em seguida – com seis e cinco farmácias, respectivamente. No Quissamã e no Alto Independência, são quatro lojas em cada uma das localidades. Já o Retiro e o Roseiral, contam com três cada. Em Secretário há apenas uma farmácia, assim como em Nogueira e no Valparaíso.

     

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