Viação Cascatinha apresenta proposta de investimento de R$ 2,3 milhões na compra de novos ônibus

Faltando poucos meses para o fim do prazo para realização da licitação que pode substituir a Viação Cascatinha na prestação do serviço de transporte público no município, a empresa anunciou uma proposta de investimentos de cerca de R$ 2,3 milhões na compra de novos veículos, para renovação da frota. A proposta foi apresentada na última quarta-feira (4), à Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). De acordo com a empresa, pelo menos, 45% de toda a frota deve ser renovada até o fim deste ano.  

No ano passado, o Tribunal de Contas do Estado determinou que a Prefeitura faça uma nova licitação para substituir a empresa. De acordo com o TCE, a Cascatinha opera em Petrópolis sem licitação ou contrato, o nome da empresa não consta em nenhum dos levantamentos feitos pelo Tribunal. A Viação Cascatinha nega que esteja operando de forma irregular, e iria recorrer da decisão.  

Em setembro passado, a Prefeitura formou uma comissão de licitação para trabalhar no caso. De acordo com a CPTrans, três reuniões foram realizadas e a comissão está elaborando o edital de concorrência para cumprir o prazo estabelecido pelo TCE e pelo Ministério Público.  

A Cascatinha, do mesmo grupo que a empresa Petro Ita, realiza o atendimento nas regiões do Roseiral, Carangola, Retiro, Quarteirão Brasileiro e Estrada da Saudade, com 25 linhas de ônibus. 

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Renovação da frota foi interrompida pela crise gerada durante a pandemia 

De acordo com a empresa, meses antes da pandemia, foram adquiridos oito novos veículos, um investimento de aproximadamente R$ 4 milhões. Mas todo o investimento e planejamento foi interrompido devido à crise econômica e financeira gerada pela pandemia. No ano passado, ainda durante a crise, foram adquiridos dois novos veículos, com investimento em torno de R$ 1 milhão.  

No entanto, as chuvas deste ano trouxeram novos prejuízos. A Cascatinha contabilizou a perda de R$ 300 mil em peças de almoxarifado, estoque de óleo diesel, entre outros itens, além de 11 ônibus submersos. Segundo a empresa, o prejuízo foi ainda agravado com a perda na demanda de passageiros, já que a empresa ficou sem condições de operação por vários dias, registrando déficit de R$ 570 mil nos períodos das duas catástrofes naturais e paralisação dos rodoviários.