• Programa de ferrovias será o primeiro certificado com selo verde, diz ministro

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  • 19/05/2021 13:27
    Por Eduardo Laguna / Estadão

    Ao observar que a sustentabilidade se tornou uma preocupação sensível a investidores, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta quarta-feira, 19, que o governo vem buscando selos verdes aos projetos que estão sendo leiloados no Brasil. Segundo ele, o programa de ferrovias, que, conforme prometeu, dará um impulso “sem precedentes” ao setor, será o primeiro a contar com a certificação ambiental.

    “Sabemos que a sustentabilidade é um tema caro a investidores”, afirmou Tarcísio, durante participação em videoconferência da câmara de comércio Brazil-Texas, dedicada a promover negócios entre o Brasil e o estado americano.

    Mais uma vez, o ministro fez uma defesa da decisão do governo de transferir ativos à iniciativa privada em meio às restrições orçamentárias que reduziram o espaço para investimentos públicos na redução do déficit em infraestrutura.

    Após o choque da pandemia, que exigiu uma explosão nos gastos públicos, o governo, sustentou Tarcísio, retomou a linha de respeito a pilares fiscais, de modo que não há recursos necessários para os investimentos necessários em empreendimentos como rodovias, aeroportos e ferrovias.

    Na avaliação do ministro, o Brasil tem um histórico de “lições amargas”, mas que deixaram um legado, e hoje, após atualizar marcos regulatórios, o País tem uma legislação cada vez mais aberta a investimentos. Reduziu, assim, a percepção de economia fechada que afastava o investidor, comentou o ministro. Sobre os financiamentos dos projetos de infraestrutura, ele destacou que, como forma de levantar fontes de recursos (funding), os juros convergiram às taxas de mercado, ao mesmo tempo em que as chamadas “debêntures de infraestrutura” têm como objetivo atrair investidores internacionais.

    “Estamos tentando buscar mais funding”, disse Tarcísio.

    Depois de fazer uma apresentação e responder a perguntas, o ministro entrou numa sessão da videoconferência reservada a associados da câmara, sem acesso à imprensa.

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