Prefeitura trabalha para acabar com impasse sobre a pista de voo do Parque São Vicente
Aumentar o número de turistas e visitantes na pista de voo livre do Parque São Vicente. Esse é um dos objetivos do projeto de lei do executivo que denomina logradouro público a rampa municipal existente na localidade. A ideia também é conservar o patrimônio histórico, cultural, esportivo e artístico representado pela área, muito usada pelos petropolitanos para o lazer. A concessão de uso ainda está sendo discutida entre os representantes dos clubes praticantes de voo livre e a associação de moradores do bairro. O projeto ainda será encaminhado para a Câmara de Vereadores.
Em um encontro na quinta-feira (12) na prefeitura entre membros do governo e representantes do Petrópolis Voo Clube (PVC) e da Associação de Parapente de Petrópolis (APP) foi explicado que o terreno foi desapropriado de maneira indireta, já que há mais de 40 anos o local é usado pelos moradores da cidade como área de lazer. Com a denominação de logradouro público, as competições estaduais podem retornar ao local – neste ano, todas as etapas foram canceladas.
“Diante da incerteza sobre a utilização da pista enquanto área pública, as competições deste ano foram desmarcadas. Com a lei, as competições podem acontecer normalmente. São atletas de todo o país que participam, ou seja, também é uma forma de atrair visitantes para a nossa cidade”, garantiu o presidente do PVC, Cláudio Leal.
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O presidente da APP, Luiz André Fayao, explica que a vista é considerada a mais bonita do Estado. “Existe uma grande quantidade de praticantes do Rio e de Juiz de Fora, por exemplo, que chegam a Petrópolis para fazer os voos”, disse. Ainda segundo os clubes, podem ser feitas mais de mil decolagens de asa delta e parapente por mês com a novidade.
“O voo livre é um esporte que vai ajudar no fomento do turismo e também no desenvolvimento da economia de Petrópolis. Os profissionais da área dizem que a cidade tem rampas com fácil acesso, o que é um diferencial”, explica o prefeito Bernardo Rossi.
O próximo passo é esperar pela organização dos clubes que representam os praticantes. “Foi dado um prazo para que as entidades representativas das modalidades se manifestem se têm interesse em administrar a área, para ser incluída na lei a possibilidade de concessão diretamente a elas ou se deverá ser realizado um chamamento público”, conta o procurador Geral do município, Sebastião Médici.
Também participaram do encontro desta quinta o vice-prefeito Baninho, o superintendente de Esportes e Lazer, Leandro Kronemberger, e outros representantes dos clubes de voo livre.