• Abandono das pistas de voo livre preocupa e afasta praticantes do esporte

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  • 14/01/2019 17:25

    Mais um espaço de lazer e turismo na cidade está se desgastando devido à ação do tempo e, principalmente, pela falta de investimento. Os amantes do voo livre sabem bem: as pistas do Siméria e Parque São Vicente, que são de mais fácil acesso, estão com aspecto de abandono. Mato alto, lixo espalhado e falta de sinalização. Espaços que antes atraíam muitos visitantes para admirar a vista em dias de céu limpo, hoje está intimidando frequentadores.

    Na pista que fica no Siméria, a rampa de madeira já gasta tem recebido reparos graças à mobilização de pilotos que utilizam a pista. "Nessa pista, os reparos só chegam quando não há mais o que ser feito. As limpezas e capina muitas vezes são feitas pelos próprios associados de clubes de voo livre daqui. É um espaço que visivelmente precisa de investimento”, disse o piloto Carlos Eduardo Rosa.

    Na principal pista da cidade, que fica no Parque São Vicente, a situação não é muito diferente. O local costuma ser a sede de grandes eventos de voo livre, como o Serra Open de Voo Livre. Atualmente, porém, o mato alto no caminho de acesso quase cobre as placas que foram instaladas com informações para os turistas – placas essas vandalizadas com pichações e sujeira.

    Apesar de a Prefeitura afirmar que as duas pistas passaram por coleta de entulho, capina e roçada no mês de dezembro, o cenário já na primeira semana de janeiro é bem diferente. No Parque São Vicente ainda existe um cômodo sob a rampa cuja utilidade não é muito clara. O local funciona como depósito de lixo. Em nenhuma das duas rampas há lixeiras pelo caminho para o descarte regular do lixo e, segundo frequentadores, a coleta não é frequente. No Parque São Vicente só há uma caçamba no início do caminho, que leva até a rampa.

    Placas com informações turísticas estão vandalizadas no Parque São Vicente. Foto: Alexandre Carius

    O Parque São Vicente está passando por uma ação de desapropriação, solicitada pelo Petrópolis Voo Clube. Segundo um dos diretores, o instrutor de voo livre Marco Antônio Damico, a intenção é assumir a administração do espaço. Fazer melhorias, regularizar a frequência de voos e dar um mínimo de infraestrutura para o conforto dos frequentadores. 

    “Posso dizer que a pista do Parque São Vicente é a melhor pista de Petrópolis e uma das melhores do país. Tem fácil acesso para pilotos. Na maior parte das pistas, só é possível o acesso com carro 4×4, por exemplo. Enquanto o espaço não for desapropriado, nós contamos com a prefeitura, que nem sempre está disponível para os cuidados”, disse Marco Antônio.

    Espaço abaixo da rampa do Parque São Vicente funciona como depósito de lixo. Foto: Alexandre Carius

    Petrópolis ainda conta com mais uma pista de voo livre no Morin. Esta, por ser difícil acesso, recebe ainda menos cuidados. Por essa razão, quem faz os reparos e a limpeza necessária também são os pilotos e instrutores. Para Marco, além dos cuidados outras questões precisam ser vistas para a prática do voo livre na cidade. Como a licença para o pouso em Fragoso, que não há um espaço apropriado. 

    Questionada sobre a manutenção destes espaços a Prefeitura informou que a Comdep vai enviar equipes de varrição para limpeza nos dois locais. Os serviços de capina e roçada também estão sendo incluídos na programação das equipes da companhia.

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