Prefeitura se reúne com profissionais e representantes do setor de educação para avaliar retorno das aulas presenciais
A Prefeitura fará uma reunião nesta semana com os representantes do Sindicato dos Professores de Petrópolis e Região (Sinpro), o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) Petrópolis e a Comissão de Educação da Câmara para estudar uma data para o início das aulas presenciais e debater os impactos nos diferentes segmentos, especialmente no transporte público.
Nesta semana, os dois sindicatos iniciaram um abaixo-assinado pedindo a Prefeitura que mantenha a proibição de atividades presenciais nas escolas até que seja feita a ampla vacinação em Petrópolis. Isso porque, segundo os sindicatos, houve um movimento de um grupo minoritário de escolas da rede privada pressionando o governo municipal pela retomada das aulas presenciais já em fevereiro. Tanto o Sepe quanto o Sinpro se posicionaram contra este retorno.
O vereador Yuri Moura, presidente da Comissão de Educação, Assistência Social e Direito Humanos da Câmara Municipal, também se posicionou contra. “Não tem condição nenhuma de voltar com as aulas presenciais, seja na rede municipal ou na rede particular enquanto a gente não avançar na vacinação. O plano de retorno que eu defendo é o construído pelo Conselho de Educação feito pelo grupo de trabalho formado no ano passado. E esse plano vai nesse sentido de que a gente só pode retornar as aulas presenciais após a vacinação”, disse.
No início da semana, a Comissão de Educação da Câmara – que tem também como integrantes a vereadora Gilda Beatriz (vice-presidente) e o vereador Domingos Galante (vogal) – irá se reunir para discutir sobre a retomada das aulas presenciais, as mudanças na convocação dos profissionais que passaram no processo seletivo e o cartão merenda certa.
Para o vereador Yuri, a retomada presencial na rede municipal neste momento é irresponsável, já que vai impactar não só o transporte público mas também a movimentação nas ruas. Já em relação a rede particular, Yuri ressalta que a Prefeitura deve estudar outras formas de auxiliá-los, vendo a situação de cada escola. “Mas neste momento sacrificar estudantes e profissionais da educação não vai resolver o problema, pelo contrário, vamos postegar o problema. Porque mais pessoas serão contaminadas e nunca vamos voltar a normalidade”, disse.
A Prefeitura afirma que vai seguir as orientações do Plano de retomada das aulas já elaborado pelo grupo de trabalho no ano passado. E informou que vem discutindo a questão com os sindicatos e as equipes técnicas de saúde.