Prefeito interino pede liberação de leitos contratualizados que não estão disponíveis para o SUS
O prefeito interino Hingo Hammes e o secretário de Saúde, Aloísio Barbosa Filho, se reuniram com a diretoria do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) neste sábado (6). O principal assunto foi o pedido para liberar 100% dos leitos que foram contratualizados para atender pacientes do SUS – hoje, 12 leitos ainda não foram utilizados.
A requisição dos leitos se dá por conta do agravamento do quadro da pandemia no entorno de Petrópolis. Como a regulação agora é feita pelo Governo do Estado, Petrópolis pode receber pacientes de outras cidades, que estão com capacidade máxima de pacientes.
“Estamos monitorando a evolução da Covid-19 na cidade, acompanhando de perto as informações do número de casos e de atendimentos nos pontos de apoio. Percebemos aumento na procura após o carnaval e nos primeiros dias de março. Verificamos também um aumento nas internações nas últimas semanas. Estes dados, somados à crescente demanda de outros municípios por leitos de UTI, hoje regulados pelo Estado, fizeram acender o alerta. Desde o início do ano tínhamos a taxa de ocupação de leitos estável. Agora, com o aumento da pressão sobre o sistema, precisamos que tudo esteja funcionando de forma plena, garantindo a estrutura necessária para atendimento da população”, assinalou Aloísio Filho.
O HNSA tem 48 leitos de UTI para covid, sendo que 36 já estão funcionando. No sábado, 31 leitos estavam ocupados e os outros cinco disponíveis para receber pacientes do SUS. “Além destes, temos a possibilidade de oferecer ao município mais 12 leitos para receber pacientes SUS. Em caso de necessidade, estes leitos podem ser disponibilizados em 48h – prazo necessário para que possamos estruturar as equipes”, afirmou o diretor financeiro do HNSA, Alexandre Pessurno.
O prefeito interino e o secretário de Saúde estavam acompanhados do deputado estadual Sérgio Fernandes (PDT). Eles ouviram da diretoria do HNSA que os quartos poderão ser liberados 48 horas após a demanda da central de regulação.
A reunião faz parte de um esforço para evitar o colapso no sistema de saúde. Na sexta (6), a UPA Cascatinha foi transformada em unidade exclusiva para o atendimento de covid, com 14 leitos de UTI e quatro leitos clínicos. O município também anunciou medidas restritivas, com a proibição da permanência das pessoas nas ruas entre 22h e 5h da manhã e o fechamento do comércio neste horário.