Prédio histórico dos Correios no Centro da cidade não será mais vendido
O prédio histórico dos Correios, localizado na Rua do Imperador, não será mais vendido. A informação foi confirmada pela estatal, nesta quinta-feira (26). Segundo os Correios, o processo de venda que estava em andamento foi suspenso.
O valor de venda do prédio histórico era estimado entre R$ 4,3 milhões e R$ 4,8 milhões.
Segundo os Correios, “a estatal está reestruturando sua carteira de imóveis, com especial atenção aos prédios que foram abandonados pela gestão anterior como, por exemplo, o prédio histórico em Petrópolis”.
Imóveis que atualmente geram prejuízo e não trariam benefícios mesmo com reforma serão vendidos. Os recursos arrecadados com esse movimento serão destinados à compra de imóveis necessários para o atingimento dos objetivos estratégicos da estatal, mas não serão incluídos nessa lista os imóveis históricos e de valor simbólico para a empresa.
Nesses casos, os Correios estudam a possibilidade de concessão para órgãos públicos, em que o imóvel é reformado e recuperado por um parceiro que passa a utilizar o prédio para a oferta de serviços que beneficiem a população.
Les Partisans havia antecipado possibilidade
A possibilidade do prédio não ser mais vendido não é fato novo. A coluna Les Partisans já havia noticiado, no fim de abril, que o governo Lula teria o entendimento que os prédios históricos deveriam ter um tratamento especial.
Abandono do imóvel
Apesar de ainda ser utilizada, a agência dos Correios, no Centro, recebe diversas críticas por conta do seu estado de conservação. O Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) chegou a denunciar a situação há alguns meses, e afirmou que iria lutar para impedir que o sucateamento continuasse.
Prédio histórico em Petrópolis
O prédio, inaugurado em 12 de novembro de 1922, e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1998, foi construído especialmente para ser a sede dos Correios. O serviço já funcionava em Petrópolis desde 1848, por determinação de Dom Pedro II, um dos mais antigos do país, mas ganhou uma sede já no governo de Epitácio Pessoa.