• Incêndio na garagem da Petro Ita e Cascatinha completa um ano

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  • Investigação para identificar os responsáveis segue em andamento

    09/maio 08:36
    Por Maria Julia Souza

    Nesta semana, o incêndio de grandes proporções que atingiu a garagem da Petro Ita e Cascatinha completa um ano. Em contato com a equipe da Tribuna, a Polícia Civil informou que as investigações prosseguem para identificar os responsáveis pelas chamas que atingiram 78 veículos das viações. Na ocasião, uma pessoa ficou ferida.

    Em junho do ano passado, a perícia contratada pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), concluiu que haviam sinais de que o incêndio foi intencional. De acordo com o laudo, indícios apontam para a causa determinante do ocorrido como “uma ação pessoal direta, caracterizada por uma ação intencional de atear fogo ou incendiarismo”. 

    Fotos: Reprodução

    Desde então, os problemas envolvendo os coletivos das empresas continuam prejudicando os usuários e parecem estar longe de serem resolvidos. Os acidentes com os ônibus da Petro Ita e Cascatinha são cada vez mais recorrentes. Novos incêndios e quebras constantes são a realidade de quem depende do serviço.

    Recentemente, um coletivo da viação Petro Ita caiu em uma valeta no Sargento Boening e, de acordo com moradores, estava sem freio. Já na Avenida Portugal, um outro veículo da empresa causou um acidente.

    Empresas acumulam dívidas

    As empresas, que estão em recuperação judicial, acumulam dívidas trabalhistas milionárias. Segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, as viações estão inscritas na Dívida Ativa e, juntas, devem mais de R$ 170 milhões em tributos previdenciários, sem contar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e multas trabalhistas.

    Na semana passada, um acordo foi fechado com os rodoviários da Petro Ita e Cascatinha para impedir que uma paralisação fosse realizada. Os trabalhadores reclamavam de constantes atrasos de salários, férias, não recolhimento do FGTS e vale-refeição. O sindicato da categoria (SindRodoviários), no entanto, se manteve em estado de greve.

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    Além das dívidas de tributos previdenciários, as viações também constam na Dívida Ativa devido ao FGTS, em um valor de cerca de R$ 4 milhões, somadas as duas empresas. A Cascatinha ainda deve R$ 28.424,89 por multas trabalhistas.

    Licitação das linhas da Cascatinha é suspensa

    No último dia 25, a licitação das linhas da Cascatinha foi suspensa e está sem data definida para ocorrer. Isso devido a uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

    Após a análise de uma representação que apontava seis possíveis pontos irregulares no edital, a conselheira Andrea Siqueira Martins decidiu pela suspensão da disputa pública até que os devidos esclarecimentos fossem prestados. 

    Saiba mais: Licitação das linhas da Cascatinha é suspensa e fica sem data definida

    Ainda segundo a decisão, a suspensão se dá pelo motivo das impropriedades identificadas não poderem ser sanadas até a data marcada para a licitação, podendo ocasionar “danos ao erário e aos usuários do serviço, direcionamento da contratação, restringir indevidamente a competitividade no certame e inviabilizar/dificultar a escorreita formulação de propostas, impedindo ou inibindo a participação de empresas que poderiam oferecer propostas mais vantajosas para a prestação dos serviços no Município”.

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