Falta de reboques leva a irregularidades impunes
O município está há dez meses sem o serviço de reboque. O contrato com a empresa Rodando Legal, que prestava o serviço desde 2014, teve o contrato finalizado em dezembro do ano passado. O edital de licitação para contratar uma nova empresa foi feito, mas foi recusado três vezes pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ). A CPTrans (Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte) afirma que o serviço está sendo prestado em caráter emergencial, mas nas ruas a realidade é outra.
Os veículos fazem filas sobre as calçadas, em ruas estreitas bloqueando a passagem de coletivos, locais que nem mesmo são demarcados. E quando são, os veículos estacionam sem autorização, como em casos de demarcações de carga e descarga e vagas especiais – para idosos e deficientes físicos. A Prefeitura afirma que agentes de CPTrans e a Guarda Civil tem intensificado a fiscalização, mas as multas não tem sido suficiente para coibir a prática.
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O presidente da CPTrans, Jairo da Cunha, na ocasião da apresentação do Anuário de Estatísticas de Acidentes de Trânsito disse a Tribuna que a companhia já definiu o terreno que será o depósito dos veículos, e que o local estava em fase de licenciamento. Nesta semana, a CPTrans foi questionada sobre o andamento do processo para a apresentação do edital ao TCE. E respondeu que irá elaborar um novo edital para atender todas as demandas já encaminhadas pelo TCE. Mas não deu prazo sobre quando isso será feito. O Tribunal deu parecer de recusa pela terceira vez em junho.
O desrespeito as leis de trânsito tem custado caro. Na terça-feira, a morte do ciclista Carlos Alberto Guimarães da Silva, de 57 anos, chamou a atenção para a quantidade de carros que estacionam na ciclofaixa em diversos trechos da Avenida Barão do Rio Branco. A Tribuna vem noticiando diversas denúncias de moradores de localidades como Manoel Torres, Correas, Bataillard, Centro, que tem sofrido com o estacionamento irregular.
As empresas de ônibus contabilizam os prejuízos causados pelo estacionamento irregular. Desde o início do ano, as empresas de ônibus que operam na cidade enviaram um total de 136 oficios a CPTrans cobrando por fiscalização sobre o estacionamento irregular de veículos particulares. “Vale ressaltar que os ônibus sofrem constantemente com o estacionamento irregular de veículos em diversas regiões da cidade. Esse problema prejudica a operação dos coletivos, causando perdas de viagens, atrasos e mudanças de itinerários”, disse o Setranspetro, por meio de nota.
A CPTrans foi questionada sobre como o serviço de reboque está sendo feito no município, e disse que, em caráter emergencial, é realizado pela própria companhia com a contratação de reboque para atendimento às demandas. Também foi questionada para qual depósito estes veículos estão sendo encaminhados, mas não respondeu ao questionamento.