Ciro Nogueira diz que apelou à CMO para financiar ‘fundão’ com emendas de bancada
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira, 21, que apelou à Comissão Mista de Orçamento (CMO) para que o dinheiro do chamado fundo eleitoral venha de cortes no montante reservado às emendas de bancadas. “Fundo eleitoral tem que vir das emendas de bancada. O Congresso estava querendo discutir ter fundo eleitoral e ainda não tirar o dinheiro da bancada, aí é um absurdo. Espero que isso seja corrigido no dia de hoje. Fiz esse apelo à Comissão de Orçamento”, disse o ministro em entrevista ao Valor Econômico.
O relator-geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), ainda negocia a fonte de financiamento do fundão, mas há um acordo para destinar R$ 400 milhões desta verba eleitoral, que ficaria em R$ 4,7 bilhões, para a educação, como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Ciro Nogueira ainda voltou a garantir que ficará na Casa Civil até o final de 2022, para ajudar o presidente Jair Bolsonaro no governo e nas eleições. Assim, não será candidato no ano que vem – nem a vice-presidente, como chegou a ser ventilado nos corredores do Palácio do Planalto. O ministro da Casa Civil é senador licenciado em meio de mandato.
Moro e Lula
Na entrevista, Ciro Nogueira também disse que o ex-juiz Sérgio Moro não era isento e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi julgado pela pessoa errada na Operação Lava Jato. “Moro, quando era juiz, agia como político. Agora, como político, age como juiz. Não sei se ele (Lula) foi injustiçado ou não, mas foi julgado pela pessoa errada, que tinha um projeto político. O Moro não era isento”, afirmou.