• Candidatos a prefeito comentam crise no transporte público

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  • 10/set 08:33
    Por Wellington Daniel | Foto: Maria Júlia Souza/Tribuna de Petrópolis

    A crise do transporte público de Petrópolis ganhou mais um capítulo nos últimos dias, com a paralisação dos rodoviários da Petro Ita, desde a última sexta-feira (06). A empresa está no foco do problema, com inúmeros registros de falhas mecânicas e até mesmo acidentes, mas não está sozinha. Outras viações também chegaram a atrasar alguns pagamentos para os funcionários e descumprem regulamentações do transporte público, previstos em leis e resoluções da CPTrans.

    Os problemas também levaram, recentemente, a saída da viação Cascatinha. As linhas que eram operadas pela empresa estão, de forma emergencial, sob a responsabilidade da Turp e Cidade das Hortênsias até a licitação, que foi paralisada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) por suspeita de irregularidades.

    Iniciando a série de entrevistas com candidatos a prefeito, a Tribuna de Petrópolis traz, hoje (10), as propostas para o transporte público no município dos cinco postulantes ao cargo. As respostas foram encaminhadas por escrito pelos candidatos, que tiveram o limite de 500 caracteres contando com o espaço.

    Nesta primeira rodada, as respostas serão em ordem alfabética. Após, será feito um rodízio até que o primeiro candidato esteja em último. Exemplo: no primeiro dia, a ordem será: candidato A + candidato B + candidato C. No segundo, será candidato C + candidato A + candidato B. No terceiro, candidato B + candidato C + candidato A. A ordem dos temas foi repassada previamente aos candidatos.

    Tribuna de Petrópolis: A crise do transporte público se agravou nos últimos anos. No foco, a Petro Ita, mas há problemas e descumprimento de regras em todas as quatro empresas, que foram mal avaliadas no estudo da Coppe. Como seria a postura do seu governo em relação às empresas, caso eleito?

    Doutor Santoro (NOVO): “A situação do transporte em Petrópolis é uma verdadeira vergonha! Há anos, os moradores sofrem com atrasos constantes nas linhas, veículos em estado precário, riscos de acidentes e de prejuízos à vida da nossa população, por uma série de erros que já são praticados há muito tempo. Mas esse problema que envolve a mobilidade, vai além de apenas os veículos que trafegam nas ruas, sendo urgente o desenvolvimento de um plano que possa envolver todos os aspectos que tangem a este setor.”

    Eduardo do Blog (Republicanos): “Vamos acabar com a CPTrans e trazer a responsabilidade para o Governo. Nós vamos fiscalizar, quando necessário multar e fazer cumprir os contratos para garantir a manutenção dos veículos, os direitos dos rodoviários, a volta de 100% das linhas e dos cobradores. A Prefeitura vai assumir a sua responsabilidade e iniciar o pagamento das suas dívidas com o sistema. Não é possível pedir correção e não dar o exemplo. Empresa que não prestar um bom serviço e não se adequar perderá a concessão.”

    Hingo Hammes (PP): “Vou licitar todas as linhas que estão operando sem contrato de concessão. Também vou retomar o controle da Bilhetagem Eletrônica e implementar o Fundo de Mobilidade Urbana – ambas leis que aprovei quando Prefeito Interino. Vou promover a revisão do sistema de transporte municipal e endurecer as penalidades às empresas que descumprirem o contrato e a legislação vigente.”

    Rubens Bomtempo (PSB): “A crise começou em 2018, sem ação à época, e se agravou em 2021, quando o governo interino tirou linhas de comunidades, autorizou a venda de ônibus sem contrapartida e deu calote no vale-educação, desonrando palavra que deu à Justiça. Herdamos o caos. Fizemos três intervenções em 2 anos e meio, exigimos renovação da frota e 100 ônibus novos estão rodando. Proibimos a Cascatinha de operar e lutamos para tirar a Petro Ita. A licitação para substituir as empresas já começou e será concluída.”

    Yuri Moura (PSOL): “Defendo intervenção nas empresas que não prestam um bom serviço. A prefeitura tem que tomar o controle garantindo ônibus com manutenção, horário para a população, os salários e os empregos dos rodoviários. Junto disso proponho a volta dos cobradores e a implementação gradual da Tarifa Zero nas linhas de corredores e interbairros. Vamos criar um fundo municipal com o que arrecadamos de IPVA, os subsídios que as empresas de ônibus já recebem e as passagens pagas pelos empregadores de Petrópolis.”

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