• Ah! se eu fosse poeta

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  • 15/01/2020 11:09

    Nossa terra, nosso povo, durante os últimos dias lamentavelmente viveu momentos de muita dor, tristeza e destruições.

    Os fortes temporais que se abateram sobre a cidade contribuíram para que pessoas viessem perder suas casas, lojas comerciais extremamente prejudicadas com as águas de rios a invadi-las, vias públicas tomadas pelas águas barrentas, pessoas desesperadas em razão de perdas sofridas, além de tantos outros eventos que só fizeram causar inúmeros prejuízos e sofrimentos ao povo desta terra eternamente conhecida como Cidade Imperial.

    O fato é que a natureza não perdoa as agressões que contra ela se processam e o meio ambiente continuadamente a ser vilipendiado por parte do próprio homem. E a resposta surge de modo drástico, como ocorreu em nossa cidade e não só aqui mas em outros municípios desta região serrana, como, também, em diversos Estados da Federação.

    A se lamentar, por conseguinte, perdas materiais ocorridas que se deram, em particular, por parte das famílias que menos recursos financeiros dispõem. Veículos boiando pelas ruas, fábricas inundadas, lojas com mercadorias totalmente perdidas enfim, um triste transe para ser contabilizado na história desta cidade que Pedro tanto amou e fez crescer.

    Todavia, importante que deva ficar claro, para conhecimento geral, ante a procura de turistas que buscam nossa cidade, além de outros tantos que a visitam por diferentes motivos, é que Petrópolis continua “de pé”, como nunca, mediante o trabalho diuturno que foi levado a efeito por intermédio de um sem número de pessoas voluntárias e de integrantes que compõem o poder público.

    Que deixemos os pessimistas de lado, porquanto o momento é de darmos as mãos àqueles que até, arriscando suas vidas, trabalharam no sentido de verem equacionados e afastados perigos, alguns até iminentes e que poderiam ter causado maiores danos à população.

    A cidade continua, pois, receptiva aos olhos não só dos que aqui vivem como daqueles que a procuram na certeza de encontrar paz e bons momentos para curtir o ar puro da serra.

    E a convicção de que Petrópolis é abençoada por paz e luz, sem dúvida, foi o surgimento, na última sexta feira, da bela e exultante lua cheia que fez enfeitar o nosso céu, prova da existência de Deus, que nada olvida e está de forma permanente a clarear e proteger nossos lares na esperança de que tudo haja passado.

    Ah! Mas se eu fosse poeta, em razão de tão bela construção da natureza, a lua, escreveria como fez meu pai:

    “Noite de luar / Além de um mar de prata que emerge a lua! / E o céu se enche de estrelas majestosas, / como um espesso véu, em que flutua, / um conjunto de pedras preciosas.

    A luz por toda a terra se derrama! / E, ao soprar de uma brisa amenizante, a campina, orvalhada, se recama / De um brilho desusado, cintilante! 

    Depois de contemplar tanta beleza, / soberba criação da natureza, / do quarto meu, então, fecho a janela.

    E, ainda, pela fresta, / Um lindo e derradeiro fio de prata, / Que promana da lua, em noite bela!” 

     

     

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