Mistério: onde, afinal, foi parar a réplica do 14-Bis?

As imagens que mostravam um pedaço de madeira segurando um dos lados da base da réplica do 14-Bis, na praça que leva o mesmo nome, no Centro Histórico da cidade, até poderiam, mas não são o único problema que envolve o assunto. A réplica do avião foi retirada do local no mesmo dia em que ela se desprendeu da base, mas ninguém conseguiu responder até agora a uma pergunta: afinal, para onde a prefeitura levou a peça? O governo garante que a réplica está passando por reparos, mas se nega a dar qualquer informação sobre sua localização. Também não dá detalhes sobre o trabalho que está sendo feito e se limita a dizer que a peça será reinstalada em breve.

Um pedaço de madeira foi usado para prender a réplica do 14-Bis na base.

A réplica do 14-Bis amanheceu no chão no dia 19 de agosto e, desde então, ninguém mais tem notícia de seu paradeiro. Logo após a retirada da peça do local, com a ajuda da Secretaria de Obras e da Comdep, o governo informou que o avião tinha sido levado para a GE Celma, que doou o monumento, mas a empresa negou a informação. Também negou informação dada pelo governo de que a manutenção era feita pela empresa. A partir daí, o Município optou pelo silêncio sobre o destino da peça, apesar dos vários questionamentos.    

Para o presidente do Instituto Civis, Mauro Correa, há um relaxamento no cuidado com a réplica. Para ele, a falta de manutenção períodica, somada à ação do tempo sobre a base da estrutura, não poderia ter tido outra consequência senão a queda. “Daqui a pouco fica igual ao painel Djanira, uma obra de igreja que ninguém consegue concluir, um jogo de empurra e não dão solução”, disse.

Nos últimos dois dias a Tribuna questionou o paradeiro da peça e pediu informações sobre o trabalho de reparo da estrutura, incluindo quem está fazendo o serviço, mas não houve resposta. Mais uma vez, o governo se limitou a dizer que “o equipamento está sendo revitalizado e será reinstalado em breve”.

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