• Hospital Santa Teresa promove workshop sobre doação de órgãos

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  • 26/09/2019 10:15

    A falta de informação é a maior barreira para salvar mais vidas. Para marcar o Setembro Verde, mês de conscientização da doação e transplante de órgãos, o Hospital Santa Teresa, promoveu um workshop sobre doação de órgãos para médicos, enfermeiros, outros profissionais da saúde e demais interessados no assunto.

    O workshop foi realizado no salão nobre do HST. Temas como diagnóstico, manutenção e assistência de enfermagem ao potencial doador foram discutidos pelo especialista em neurologia, Dr. Carlos Bruno Nogueira, pelo enfermeiro da UTI e especialista em Terapia Intensiva, William Fernandes Palmeira Alves. A psicóloga Jociane Gatto Justen Coutinho, coordenadora do Serviço de Psicologia do HST, falou sobre o acolhimento familiar, uma das etapas mais importantes após o óbito por morte encefálica. 

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    Thayane Ângelo, 28 anos, é uma das pessoas na fila de espera de um transplante. Ela esteve presente no evento e aguarda ansiosa por um novo coração.“Receber a notícia foi assustador, 50% do meu coração já morreu, eu tenho que medir até a quantidade de água que eu bebo”, contou ela.

    O maratonista, José Osmar Ferreira, de 47 anos, também sabe o que é aguardar ansiosamente por uma nova chance. Diagnosticado com doença de chagas aos 36 anos, foram quatro anos de tratamento até receber a notícia de que sua única chance estava no transplante. Há sete anos, depois de três meses na espera, Osmar conseguiu um novo coração.

    Osmar ainda precisa fazer acompanhamento médico e tomar medicamentos, mas garante: “receber a doação foi voltar a viver. Eu não conseguia correr, mal conseguia subir as escadas da minha casa, praticamente não conseguia me movimentar, quando acordei da cirurgia eu logo pensei ‘não estou mais cansado’, antes do transplante eu vivia o cansaço e a falta de ar e quanto você acorda e não se sente mais assim, é um alívio.”.

    O HST é referência em doação de órgãos na Região Serrana do Rio de Janeiro. No ano passado, o Hospital ficou em 6º lugar em todo o Estado em notificações de morte encefálica. “Estamos indo para a sétima doação desse ano, temos seis efetivadas, mas existem outros fatores além do sim. Esse ano, nós tivemos 13 óbitos encefálicos, seis a família doou, três houve contraindicações do paciente, por algum motivo ele não pode doar, e negativa familiar foram quatro”, apontou o coordenador de Enfermagem do HST e membro da Comissão Intra hospitalar de Doação de órgão e Tecidos para transplante (CIHDOTT), Carlos Carneiro.

    Segundo Carlos, a morte encefálica é o tipo de óbito que possibilita a doação de forma mais ampla. A morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções encefálicas (cerebrais), definida pela cessação das funções corticais e de tronco cerebral, portanto, é a morte de uma pessoa.

     

     

     

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