• Cemaden emitiu cinco alertas para Petrópolis, mas sirenes não foram acionadas

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  • 20/02/2020 12:00

    O Centro Estadual de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu e encaminhou cinco alertas meteorológicos para o município de Petrópolis no dia 08 de janeiro, quando ocorreu o temporal que alagou o Bingen, Mosela e Quitandinha. E nenhuma das informações foram repassadas para a população neste dia.  Os dados foram levantados pela Comissão Especial referente à Infraestrutura e atuação da Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias da Câmara Municipal.

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    Nesta quarta-feira (19), foi realizada mais uma reunião para reunir informações sobre os alertas emitidos nos primeiros dias de janeiro, quando ocorreram temporais que ocasionaram mais de 500 ocorrências. Segundo o relatório fornecido pela Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sedec) à Comissão, dos cinco alertas emitidos no dia 08 de janeiro, os três primeiros indicavam a previsão de chuva fraca a moderada, e os outros dois colocaram a cidade em estágio de alerta e alerta máximo, devido ao alto índice de risco hidrológico, às 14h37.

    O documento detalha ainda todos os alertas feitos ao município entre os dias 1 e 9 de janeiro. Questionado sobre as sirenes do sistema de alerta e alarme, a SEDEC informou que quatro recomendações de acionamentos foram feitas. Duas advertências foram no dia 2 de janeiro e outras duas em 8 de janeiro. Porém, apenas uma delas foi atendida às 17h, no segundo dia do ano, para a sirene da Rua Nova, na localidade conhecida como Morro do Estado, na Rua 24 de Maio.

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    As recomendações de acionamento foram no dia 2 de janeiro, às 17h05, na Comunidade Campinho, no Vila Felipe e às 14h20 e 14h30, respectivamente nos Bairros João Xavier e no Dr. Thouzet. Nenhuma delas foi acatada. No documento, o Cemaden explica que “o município tem total autonomia para acatar a recomendação com relação ao acionamento, ficando a cargo dos referidos responsáveis tal decisão”, destaca o documento.

    Na reunião, os membros decidiram aguardar o retorno de questionamentos enviados pela comissão à Prefeitura e à Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias para definir os próximos passos, como o convite do secretário de Defesa Civil, para dar esclarecimentos. “Enviamos ofícios questionando tanto a Prefeitura quanto a Defesa Civil sobre o número de profissionais como meteorologistas, engenheiros, geólogos e arquitetos que estão lotados no órgão, assim como a manutenção das sirenes e o cumprimento do protocolo de acionamento dos equipamentos. A partir daí, estaremos mais embasados para dar prosseguimento aos trabalhos da comissão”, explica o presidente da Comissão, vereador Leandro Azevedo.

     

     

     

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