• Advogado que deu golpe milionário na Unimed Petrópolis se entrega à polícia

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  • 25/03/2020 16:48

    O advogado Manoel José Edivirges dos Santos suspeito de ter aplicado um golpe miolinário no valor de R$ 17 milhões na Unimed Petrópolis se entregou ontem à Polícia Civil da Bahia. Ele estava foragido desde fevereiro quando foi deflagrada a Operação Palhares, que resultou na prisão de integrantes do grupo de estelionatários. Na época, a ação cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

    As investigações contra o grupo começaram em abril de 2019, quando médicos cooperados da Unimed procuraram a 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro, denunciando irregularidades. Após 10 meses de investigações, no dia 10 de fevereiro deste ano, quatro integrantes do grupo foram presos dentro da Operação Palhares deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE). Os advogados Márcio Duarte Miranda, Daniel Ângelo de Paula, Edilson Figueiredo de Souza e Darcy foram os presos na operação.

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    De acordo com as investigações, no dia 12 de setembro de 2012, a Unimed Petrópolis celebrou contrato de compra e venda de ativos financeiros falsos, com a sociedade de advogados Duarte & Edivirgens Advogados Associados, representada pelos sócios e Márcio e Manoel. O contrato firmado pelos integrantes da organização criminosa e pela cooperativa gerou um prejuízo de R$17.727.000,00 à Unimed, sendo R$6.838.300,29 pagos pela cooperativa e o restante por meio de aditivo contratual em que os créditos tributários foram substituídos por 130 cotas do Fundo de Investimentos Rio Forte, no valor de R$130 milhões. Em decorrência da inexistência de crédito tributário, não houve por parte da Unimed qualquer compensação tributária. O dinheiro pago foi inteiramente perdido.

    Todo o trabalho investigativo e a responsabilidade pelas análises bancárias e fiscais foi do delegado titular da 106ª Delegacia de Polícia (DP), João Valentim – que na época das investigações era o titular da 105ªDP, onde foi feita a denúncia pelos médicos da Unimed. Segundo ele, a prática de outros crimes cometidos pelo grupo já foram compartilhados com a Polícia Federal e o Ministério Publico Federal (MPF).  João Valentin acrescentou ainda que após as prisões, policiais de outros estados procuraram a Polícia Civil do Rio de Janeiro para obter informações do grupo de estelionatários. “Há fatos similares de fraudes ocorridas em outros estados que podem ter ligação”, concluiu o delegado.

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