• Após denúncias, Procon autua Bramil Itaipava por suspeita de preço abusivo de feijão e óleo

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  • 18/09/2020 17:40

    Após receber denúncias sobre preço abusivo em supermercados na cidade, o Procon Petrópolis realizou na última quinta-feira, dia 10, uma fiscalização e autuou a loja  do supermercado Bramil, em Itaipava. Segundo o órgão, foi encontrado um aumento injustificado de 15% na margem de lucro no quilo do feijão de uma marca específica. No óleo, foi identificado um aumento de 21%. O Supermercado Bramil afirma que o parâmetro usado pelo órgão não é o indicado para avaliação dos preços de alimentos, e já elaborou a defesa junto ao Procon para tentar suspender a autuação.

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    Segundo o Procon, foi verificado pela fiscalização que o percentual de lucro sobre o quilo do feijão Máximo, por exemplo, saltou de 23% para 38% no período de 10 de julho a 10 de agosto. “Um aumento injustificado, especialmente no período da pandemia, que resultou em autuação contra o mercado”, esclarece o órgão.

     

    Foi identificado também que o aumento na margem de lucro do óleo da marca Lisa, de 900ml, foi ainda maior: 26% para 47%. Segundo o Procon, as denúncias relativas ao preço do arroz não foram constatadas. Pelo contrário, o produto, que hoje encontra-se em valor quase 80% maior em todo o país, teve a margem de lucro reduzida na rede de mercado.

    “Em decorrência do aumento significativo do preço de itens da cesta básica, como o arroz, o feijão e o óleo de cozinha, por exemplo, o Procon municipal vem realizando ações de fiscalização com base em denúncias de preços abusivos que possam ser praticados por redes de mercados da cidade. Na última quinta-feira, 10, analisou o markup (margem de lucro) de alguns tipos de arroz e feijão na unidade do supermercado Bramil, em Itaipava”, informou o Procon. 

    Em nota, o Supermercado Bramil afirmou que já elaborou uma defesa junto ao Procon Petrópolis. E esclareceu que “o markup (margem de lucro), citado pelo órgão como parâmetro para avaliação dos preços, não é indicado para ser utilizado na precificação de alimentos”. Isso porque, segundo o mercado, ele não contempla os custos operacionais e tributários da companhia.

    O Supermercado Bramil acrescentou que possui um sistema único automatizado que coloca diariamente os itens que compõe a cesta básica, sempre pelo menos a R$ 0,01 a menos do que é oferecido pelos concorrentes. “Isso significa que os produtos citados estavam pelo menos R$ 0,1 mais barato comparado aos outros estabelecimentos. Essa pesquisa é feita diariamente durante todo o ano e foi uma ferramenta desenvolvida pela equipe de tecnologia da companhia”.

    O supermercado também acrescentou que deve ser levado em consideração que os aumentos dos alimentos são reflexo dos reajustes nas tabelas dos fornecedores. “A maior prova disso é que esta pressão nos preços não é local, mas sim nacional. O Bramil se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos e garante que irá apresentar toda a documentação necessária ao órgão de defesa do consumidor comprovando a inexistência de qualquer irregularidade. O Bramil se compromete em sempre ter o melhor preço nas cidades onde atua””, finalizou.

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