• Depois de desencontro de informações, Prefeitura diz que flexibilização das barreiras não vale para clientes de restaurantes

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  • 16/07/2020 09:36

    Donos de restaurantes da cidade tentavam, desde o início da semana, descobrir se clientes de outros município têm ou não autorização para entrar em Petrópolis, comprovando a reserva ao passar pela barreira sanitária. A dúvida surgiu no início da semana, após o Petrópolis Convention & Visitors Bureau (PC&VB) formalizar o pedido para flexibilização da entrada de clientes da rede gastronômica. Em pouco tempo, começou a circular a informação de que havia, sim, autorização para que este público passasse pela barreira, comunicando previamente a reserva e os nomes dos clientes à Turispetro, mas a assessoria de comunicação da Prefeitura negou.

    Em nota enviada à Tribuna nesta quarta-feira (15), a Prefeitura informou que “não existe, até o momento, nenhuma definição para a flexibilização da entrada de pessoas de outros municípios com destino aos restaurantes da cidade. Para o setor ainda estão válidos os decretos que preconizam o funcionamento dos mesmos”. O governo municipal acrescentou que o decreto 1.251, de 8 de julho, “define apenas a flexibilização da entrada de pessoas provenientes de outras cidades para realizar compras nos polos de moda da Rua Teresa e do Bingen, munidos de vouchers enviados pelas lojas, além de clientes, com reserva preestabelecida, para hotéis, pousadas e congêneres”. Não justificou, no entanto, a diferença destes para os clientes dos restaurantes.

    Pela manhã, a secretária municipal de Saúde, Fabíola Heck, afirmou que clientes dos restaurantes deveriam seguir os mesmos trâmites que os compradores dos polos de moda e hóspedes da rede hoteleira. “É o mesmo caso”, considerou, certa de que havia, sim, autorização para entrada de clientes da rede gastronômica, seguindo regras como apresentação de comprovante da reserva e indicação de nomes e números de documentos dos clientes. O problema é que a Prefeitura nega essa autorização.  

    A consideração da secretária parece ser a mesma de outros funcionários da Prefeitura, inclusive da Turispetro. Por telefone, representantes do segmento gastronômico receberam informações divergentes. Alguns, mesmo depois de receberem as orientações sobre os procedimentos, foram chamados e avisados que ainda não há autorização para entrada deste público.  

    “Por qual razão uma pessoa pode vir para comprar nos polos de moda e se hospedar em um hotel, mas não pode para vir a um restaurante? Desde que seja feito o controle corretamente, qual é o problema? Qual é a diferença? O que está hospedado no hotel acabará indo a um restaurante. O comprador também. Só queria entender essa proibição”, criticou o dono de um restaurante, que pediu não ser identificado. 

    O presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Samir El Ghaoui, informou que reiterou hoje o pedido para flexibilização das barreiras também para clientes de restaurantes. “Não recebemos qualquer resposta do governo sobre o pedido. Estamos em pleno inverno, quando tradicionalmente registramos um bom movimento nos restaurantes. Queremos apenas que os critérios sejam os mesmos para todos. Os restaurantes já estão funcionando, seguindo rígidas regras determinadas pelas autoridades de saúde. Por que também não podem receber os clientes de fora do município, com agendamento prévio e seguindo as mesmas restrições impostas aos demais segmentos?”, finalizou.

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