• Depois de fechar crateras no Quissamã, Inea deve começar a trabalhar na estrutura do túnel extravasor

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  • 24/01/2020 10:36

    O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) começa nos próximos dias a recuperação da estrutura do túnel extravasor do Rio Palatinato. Em vários trechos, o concreto que fica no fundo sumiu. Na semana passada, o instituto fez intervenções no ponto onde duas casas estão interditadas na Rua Francisco Scali, no Quissamã, depois que uma cratera se abriu revelando parte da estrutura do extravasor. Os trabalhos neste local estão quase concluídos.

    “O chão do túnel está na terra, não tem mais o concreto em vários pontos. Sem o concreto, a água foi infiltrando e passando para fora das estruturas laterais. Como o volume era grande por causa do temporal, a correnteza foi escavando por baixo das casas, abrindo as crateras. O que tem que ser feito agora é uma recuperação desse fundo para evitar que a água volte a infiltrar”, comentou o morador Nilton Gomes, 72 anos, que teve a casa interditada.

    Leia também: Túnel extravasor é motivo de preocupação no Quissamã

    O morador entrou no túnel com os técnicos do Inea antes das obras começarem para avaliar a situação da estrutura. “Vimos que as laterais estão preservadas, o que é uma boa notícia, mas o fundo está bem comprometido”, disse Nilton. A Tribuna questionou o Instituto sobre a estrutura do extravasor e quais serão as obras para recuperação, mas  não obteve resposta.

    Pedras foram usadas para fechar a cratera – Para fechar a cratera que se abriu depois do temporal do início do mês na rua onde está o túnel extravasor do Rio Palatinato, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) usou toneladas de pedras e concreto. Os trabalhos estão quase concluídos. Embora o trânsito para caminhões e veículos pesados esteja interditado no local, motoristas ainda desrespeitam a sinalização.

    “Agora está mais seguro. O terreno estava todo escavado por baixo, mas agora não há mais riscos. O que esperamos agora é que comecem a recuperar a estrutura do túnel”, comentou Nilton. Ele acredita que os imóveis na região serão liberados após as obras que estão sendo realizadas pelo Inea. “A Defesa Civil ainda não esteve aqui, mas acredito que depois que concretarem tudo vão liberar minha casa”, disse o morador.

    Esta semana a mesma técnica será usada para cobrir outro buraco, que também se abriu depois do temporal em outro ponto da mesma rua, no Quissamã. A construção do túnel extravasor foi concluída na década de 70. Ele atravessa três localidades: Centro, Quissamã e Itamarati e foi construído para desviar as águas do Rio Palatinato, evitando o encontro com as águas do Rio Quitandinha, causadora de enchentes na região central da cidade. São mais de três mil metros de comprimento, seguindo da Rua Souza Franco até a Rua Pedro Elmer, no Itamarati.

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