• Túnel extravasor é motivo de preocupação no Quissamã

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  • 11/01/2020 14:40

    Que o túnel extravasor precipa de obras ninguém discute. Mas nos últimos dias foi a urgência nas intervenções que virou assunto entre moradores do Quissamã. Na região, crateras surgiram em ruas que passam sobre a estrutura, construída na década de 70 para facilitar o escoamento da água e evitar os transbordamentos no centro da cidade. Em alguns pontos, na chamada Rua do Túnel, já é possível até ver o extravasor no fundo do buraco.

    Técnicos do Inea realizaram uma vistoria no túnel, nesta semana, para avaliar as providências que devem ser tomadas. Desde o dia 2, os moradores estão sem transporte coletivo devido ao buraco e não há previsão de quando a rua será liberada. Além dessa cratera, no fim da rua, uma casa foi interditada depois que parte da calçada cedeu indo para dentro da galeria de água. “Com a chuva de quarta-feira o buraco está aumentando. A terra continua cedendo”, disse o morador Nilton Gomes, 72 anos.

    A construção do túnel extravasor foi concluída na década de 70. Ele atravessa três localidades: Centro, Quissamã e Itamarati e foi construído para desviar as águas do Rio Palatinato, evitando o encontro com as águas do Rio Quitandinha, causadora de enchentes na região central da cidade. Com mais de três mil metros de comprimento, seguindo da Rua Souza Franco até a Rua Pedro Elmer, no Itamarati, o túnel apresenta problemas estruturais. Ao longo da sua extensão é possível ver o desgaste da estrutura e na entrada do extravasor, no Centro, há pelo menos seis anos, uma parte do túnel cedeu.

    No ano passado, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) concluiu a licitação para a contratação da empresa que vai elaborar os projetos básicos e executivos para a revitalização do túnel extravasor. O pregão aconteceu no dia 29 de agosto e a empresa tem 16 meses para entregar os projetos. O contrato é de R$ 4,6 milhões – sendo R$ 4,1 milhões oriundos de recursos federais e o restante é uma contrapartida do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam).

    Após a entrega dos projetos, o Inea lança novo edital para a contratação da empresa que fará a execução da obra de reforma do túnel. Ainda não há prazo para o início das obras de revitalização da estrutura.

    Inea faz vistoria técnica no túnel extravasor para estudar obras emergenciais

    Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriaram o túnel extravasor do Rio Palatinato na tarde de ontem em diferentes pontos da galeria. O objetivo foi identificar as condições do equipamento e, dessa forma, estudar obras emergenciais para serem feitas pelo governo do Estado para recuperação do canal, sobretudo no trecho que passa sob a Rua Francisco Scali, no Quissamã. O prefeito Bernardo Rossi já pediu ao governo do Estado e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente para que sejam feitas intervenções o mais rapidamente possível.

    “Nossa principal preocupação é no trecho da Francisco Scali, por causa das casas das famílias que vivem na região e o trecho que precisa de maior atenção. A Secretaria de Obras já fez uma vistoria técnica no início desta semana e enviou o laudo para o governo do Estado. Vamos continuar em contato para que possam ser feitas obras o quanto antes”, diz o prefeito Bernardo Rossi.

    Os técnicos do Inea estiveram em quatro locais diferentes: na entrada do túnel, na Rua Souza Franco, em um ponto na Rua Quissamã onde a Secretaria de Obras está fazendo a desobstrução da galeria (onde houve alagamento em um terreno por causa da chuva da semana passada), na Rua Francisco Scali – onde um buraco se abriu na via no trecho em que passa o extravasor, e na Rua Pedro Elmer, onde o canal termina, no Rio Itamarati. Todos os problemas constatadas pelos técnicos e o levantamento feito pelo Inea serão levados para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente.

    “Nós vamos registrar todos os problemas que encontramos ao longo do túnel. Nossa preocupação aqui é a estabilidade do túnel, mas também vamos passar a questão da estabilidade das casas para decidir quais intervenções deverão ser feitas”, afirmou o diretor adjunto de recuperação ambiental (DIRAM-Inea), Edson Falcão. O túnel é um canal coberto feito em concreto, inaugurado na década de 1970. A Prefeitura assegura que faz periodicamente a limpeza da da galeria, principalmente na entrada, retirando materiais como galhos e lixo que podem impedir a passagem normal da água e causar transbordamentos e alagamentos na região da Rua Souza Franco. Em 2019, o Inea fez uma licitação para que uma empresa faça todos os estudos necessários para elaboração de um projeto de revitalização do túnel extravasor. 

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