Miguel Pereira passa a ter parque de aventuras; em Petrópolis, situação dos parques é de abandono
No último sábado (13), foi inaugurado, em Miguel Pereira, o parque Serra Radical, voltado ao turismo de aventura. O local conta com atrações como voo em Tirodelta, arvorismo e tobogã, sendo possível atravessar o espaço a quase 10 metros de altura no “High Line Radical”. Já em Petrópolis, três parques vêm sendo alvo de polêmicas nos últimos meses. O Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, por exemplo, recebe críticas relacionadas ao seu estado de conservação.
Em janeiro, após chuvas, até mesmo alagamentos foram registrados no espaço. Locais como pistas, quadras e parquinhos sofrem com a não realização de capina e falta de manutenção, como é o caso da pista de pump track que, segundo os usuários, tem apenas 50% do circuito apto para uso.
Na ocasião, quando questionada, a Prefeitura havia informado que o projeto de reforma da pista está incluído nas próximas intervenções do Parque Municipal, mas não disse quando o serviço será realizado.
No Parque Cremerie, no Centro, os frequentadores também relatam que existe uma falta de cuidado com a área. Há um mês, a equipe da Tribuna de Petrópolis esteve no espaço e encontrou problemas como ralo entupido, aparelhos quebrados e enferrujados, entulho, entre outros. Nesta semana, o vereador Hingo Hammes esteve no local e denunciou a situação da piscina da área, que está desativada, e o estado da quadra de society.
Em julho do ano passado, a revitalização do Parque Cremerie havia sido anunciada, em um pacote de intervenções que custaria cerca de R$ 3 milhões, mas não saiu do papel. As obras incluíam melhorias para o equipamento.
Sobre esse caso, o governo municipal havia dito que a Secretaria de Meio Ambiente e a Comdep atuam de forma pontual no espaço. “Diariamente, uma equipe da Comdep trabalham na unidade, na manutenção e na limpeza – evitando, inclusive, qualquer água parada ou focos do mosquito da dengue. A piscina e o vestiário estão passando por melhorias (troca de telhado, pintura de paredes, manutenção das bombas, dos filtros e dos aquecedores)”, informava a nota.
Outro ponto que é alvo de polêmicas em Petrópolis, é o Parque Natural Padre Quinha, no Centro. Um projeto prevê a construção do Pavilhão Niemeyer no local, com um custo de pouco mais de R$ 10 milhões. No entanto, ambientalistas e arquitetos e urbanistas se posicionaram publicamente contra a obra no espaço, demonstrando preocupação com questões ambientais e questionando os motivos apresentados para a sua construção. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou inquérito civil para apurar o caso.
Além do pavilhão, as obras para a reforma da ruína existente no local também foram alvo de questionamentos, dessa vez em carta pública elaborada pela sociedade civil. O principal apontamento é o desrespeito com o patrimônio histórico e cultural do conjunto.