Menina de 3 anos, moradora de Petrópolis e baleada em ação da PRF, segue em estado gravíssimo
É gravíssimo o estado de saúde da menina de apenas 3 anos, moradora de Petrópolis, baleada em ação da Polícia Rodoviária Federal, na última quinta-feira (07). A informação consta em nota divulgada, às 19h, pela Secretaria de Saúde de Duque de Caxias.
Segundo o informe, a criança segue entubada no CTI do Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias. Ela foi atingida na cabeça e na coluna.
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Caso está sendo investigado pela Polícia Federal
A Polícia Federal informou que um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias dos fatos que vitimaram a criança. A investigação está a cargo da Delegacia da PF em Nova Iguaçu.
MPF abre investigação sobre o caso
O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação criminal para apurar a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O caso da última quinta aconteceu no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense.
O MPF informou, também, que vai apurar o caso do agente da PRF à paisana, que teria entrado no CTI onde a criança está internada, sem autorização da segurança do hospital. O procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pela investigação, solicitou, ainda, informação sobre eventual assistência prestada pela PRF à família nos cuidados com a menina. O caso ocorreu no último sábado (09), mesma data em que representantes do MPF estavam no Hospital Adão Pereira Nunes para verificação do estado de saúde da vítima, além da obtenção da identidade da equipe médica que prestou os primeiros atendimentos e que segue acompanhando o tratamento.
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Com o procedimento investigativo aberto, o MPF busca apurar suposto crime de lesão corporal ou tentativa de homicídio qualificado pela idade da vítima, sem prejuízo de outras condutas criminosas verificadas no curso das apurações.
Policiais foram afastados
Os três policiais envolvidos no caso foram afastados pela PRF e a arma da ação, um fuzil calibre 556, foi apreendido para perícia.
Relembre o caso
Segundo relatos do pai da criança baleada, o veículo no qual estava a família passou perto do posto da PRF sem ser abordado e, em seguida, foi seguido de perto por um carro da polícia rodoviária. O homem conta que, ao diminuir a velocidade e dar seta, indicando que iria parar, os disparos foram efetuados pelos agentes em direção ao veículo, atingindo a menina. A PRF diz que realizou a abordagem por suspeita de que o veículo dirigido pela família fosse roubado.