• Agente da PRF à paisana é impedido de entrar em CTI onde está internada menina de três anos que foi baleada

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  • 10/09/2023 12:00
    Por Maria Julia Souza

    Um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) à paisana teria tentado entrar, neste sábado (09), no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde está internada a menina de três anos, moradora de Petrópolis, que foi baleada durante uma abordagem da PRF, no Arco Metropolitano, em Seropédica. Ela segue entubada e em estado grave. 

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, as imagens das câmeras de segurança da unidade estão sendo analisadas, para verificar em que condições ocorreram a presença e circulação do suposto agente, sem autorização, nas dependências do hospital.

    Ainda segundo a pasta, ele teria sido impedido de entrar no CTI pelo coordenador de segurança de plantão. O homem foi conduzido até a sala onde estavam agentes do Ministério Público Federal (MPF), que também neste sábado, estiveram na unidade de saúde para conversar com a mãe da criança, com a equipe médica e o chefe de segurança do hospital. O MPF informou que após o episódio a segurança no local seria reforçada.

    Leia também: Criança de 3 anos, moradora de Petrópolis, é baleada no Arco Metropolitano e estado de saúde é grave

    De acordo com a PRF, somente a Coordenadora Geral de Direitos Humanos e um integrante da Comissão Regional de Direitos Humanos da instituição tinham autorização para estar na unidade de saúde. 

    Relembre o caso

    Uma criança de apenas 3 anos, moradora de Petrópolis, foi baleada na noite da última quinta-feira (07), no Arco Metropolitano, em Seropédica. A família estava em passeio na região de Itaguaí, com os parentes, no feriado, quando o carro em que a menina e os familiares estavam foi atingido por tiros.

    Segundo os familiares, os tiros contra o veículo teriam partido de agentes da Polícia Rodoviária Federal. Ainda na sexta-feira, em depoimento, um dos policiais rodoviários admitiu ter atirado contra o carro da família, após ter ouvido um barulho de tiro.

    Saiba mais: Em depoimento, policial rodoviário federal diz que disparos foram dados após ter ouvido barulho de tiro; estado de saúde da criança é grave

    O agente da PRF disse que ele e mais dois agentes começaram a perseguir o veículo após ser constatado que o carro era roubado, informação confirmada posteriormente pela Polícia Civil. O pai da criança disse que havia comprado o veículo recentemente e que não sabia do fato.

    A Polícia Rodoviária Federal informou que os três policiais envolvidos no caso foram afastados e que a arma da ação, um fuzil calibre 556, havia sido apreendida para perícia.

    Dino pede esclarecimentos

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se manifestou, através de uma rede social, que já solicitou esclarecimentos e providências à PRF no estado do Rio.   

    Na postagem, o ministro ainda escreveu que vai acelerar a revisão de procedimentos de atuação da Polícia Rodoviária. “Mandei acelerar a revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF, como já havia determinado quando da demissão dos policiais do caso Genivaldo, em Sergipe. Outras medidas serão informadas em breve”, afirmou.  

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