• Procuradoras representam contra Ratinho por sugerir metralhar deputada

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  • 17/12/2021 09:38
    Por Rayssa Motta / Estadão

    A Procuradoria Regional Eleitoral em Brasília recebeu, nesta quinta-feira, 16, uma representação do grupo interno de trabalho dedicado ao combate à violência política de gênero sugerindo a abertura de investigação sobre os ataques do apresentador e animador de TV Ratinho à deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).

    Ao comentar o projeto de lei apresentado pela petista para acabar com a referência de gênero dos casais nas declarações de casamento, o apresentador sugeriu “pegar uma metralhadora” contra a parlamentar. Ratinho ainda mandou a deputada “lavar roupa”, “lavar louça” e “costurar a calça do marido”, “a cueca dele”.

    “A gente tinha que eliminar esses loucos”, disse em seu programa de rádio. “Nem dá pra, o quê, pegar uma metralhadora?”.

    As procuradoras Raquel Branquinho e Nathália Mariel Ferreira de Souza, coordenadoras do Grupo de Trabalho para Prevenção e Combate à Violência Política de Gênero do MP Eleitoral, viram indícios de violência psicológica.

    De acordo com a representação, Ratinho também pode ser enquadrado pelo crime previsto no artigo 326-B do Código Eleitoral. O texto proíbe “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo”.

    O pedido foi enviado ao gabinete do procurador-regional eleitoral Zilmar Drumond.

    COM A PALAVRA, RATINHO

    A reportagem busca manifestação do apresentador Ratinho. O espaço está aberto.

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