• Abandonado, terreno que deveria receber posto de saúde e creche no Vicenzo Rivetti sofre furtos; moradores denunciam tráfico

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  • 11/08/2021 18:55
    Por Luana Motta

    Dois terrenos ao lado do Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti, onde deveriam estar em funcionamento uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e um Centro de Educação Infantil (CEI), estão abandonados desde o ano passado. A Prefeitura afirma que multou a empresa responsável pela obra – AL2, porque, além de não cumprir o contrato, a empresa deixou de responder os contatos do município. Enquanto isso, o espaço se tornou “terra de ninguém” e objeto de denúncia dos moradores que, preocupados, afirmam que há furtos e tráfico de drogas no local.

    A construção de uma UBS e um CEI é condicionante do Programa Minha Casa, Minha vida do Governo Federal, sobre o qual foi construído o Conjunto Habitacional. Os equipamentos deveriam ser entregues junto com a conclusão e entrega dos três condomínios, já que seu objetivo é atender a demanda gerada pelos novos moradores.

    Terrenos onde deveriam ser construídos UBS e CEI estão abandonados. (Foto: Luana Motta)

    A filha da moradora Mariana Miguez, por exemplo, estuda no Valparaíso. Como não há vagas em uma unidade educacional próxima, o jeito vai ser cruzar a cidade diariamente para levar a filha na escola. E a saga já começa no fim desse mês quando retornarem as aulas híbridas. “Não tem vaga em creches próximas, o jeito vai ser continuar lá”, disse Mariana. A unidade de saúde próxima também faz falta para os moradores, que estão sendo atendidos pela unidade de saúde do Carangola, que está sobrecarregado desde a mudança dos novos moradores. “A gente precisando de atendimento e esse posto abandonado”, lamentou a moradora.

    Terreno para construção do CEI se transforma em palco de festival de pipas. (Foto: Luana Motta)

    Furtos, tráfico e insegurança

    A Tribuna conversou com vários moradores do Conjunto Habitacional nesta terça-feira, e muitos relataram os problemas que a falta de segurança no entorno está ocasionando. Como os furtos dos materiais da obra: as tábuas de madeira estão sendo furtadas e são feitas fogueiras, até bem próximo do condomínio. Além da arruaça, e a suspeita de ponto de venda de drogas no trecho. A Tribuna já noticiou várias vezes o abandono dos terrenos, que já foi palco até um festival de pipas.

    Questionamos a Prefeitura sobre as denúncias dos moradores, mas não obtivemos resposta. Sobre o andamento da obra, a Prefeitura respondeu que a Secretaria de Obras fez, neste ano, diversos contatos com a empresa AL2, responsável pelas obras de construção tanto da UBS quanto do Centro de Educação Infantil do Vicenzo Rivetti, cobrando esclarecimentos sobre a morosidade para a conclusão dos trabalhos. E que o município chegou a receber representantes da empresa para detalhamento do projeto estrutural do CEI, e solicitou adequações, que não foram feitas.

    O município afirma que vem, nos últimos meses, notificando a empresa sucessivas vezes, sem sucesso. Diante do descumprimento das obrigações contratuais, a Secretaria de Saúde multou a contratada e está informando a rescisão unilateral do contrato. Segundo a Prefeitura, a Secretaria de Educação está adotando o mesmo procedimento. Concluído o distrato, o município fará a atualização dos valores das obras e lançará nova licitação.

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