• Workshop fala sobre a logística empresarial

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  • 30/11/2016 12:00

    Os petropolitanos terão neste sábado uma oportunidade de saber o que é logística e onde ela se aplica. O fundamento é essencial para desenvolver com eficiência qualquer atividade. Desde ações  do cotidiano, até o funcionamento adequado de pequenas, médias e grandes empresas. É, justamente sobre isso que a tecnóloga em logística Gerda Haring, falará durante um workshop que será promovido no auditório da associação da Rua Teresa, Arte, localizada na Rua Aureliano Coutinho s/n. O evento tem previsão de começar às 9h e seguir até as 17h. 

    A logística é conhecida como parte essencial das empresas, pois é o departamento responsável pela gestão dos materiais, administração de recursos financeiros e materiais, planejamento de produção, armazenamento, transporte/mobilidade, distribuição desses materiais, até que o produto chegue ao seu público final. Sabendo que Petrópolis possuí diversas empresas, e tem o comércio como o principal gerador de emprego, entender ao menos o básico sobre o conceito de logística, é crucial para empresários, industriais, lojistas, estudantes, entre outros. 

    A logística é dividida em três principais segmentos: transporte; gestão de armazenagem; e atendimento de pedido – atendimento ao cliente. “Claro que há muita mais coisa envolvida, mas esses são os principais pilares do conceito da logística. A economia está diretamente ligada a esse fundamento, portanto quando ele não é aplicado da forma correta, fatalmente a economia sofrerá muito. No caso do Brasil a situação é ainda mais séria, pois já existe uma crise financeira. Por este motivo desperdício e encarecimento desnecessário em produtos é imperdoável. Um exemplo disso, é que 87% dos bens de consumo exportados pelo país, rodam em estradas péssimas. Além disso, não usamos recursos essenciais. Somos um país continental e não utilizamos nossos navios para transportar cargas dentro do Brasil, só se pensa nisso quando falamos em exportação”, explicou  Gerda Haring.



    Rua Teresa não tem logística 

    Ainda segundo a especialista, o transporte feito através das precárias estradas do país deixam as mercadorias para os produtores mais caras, e quem paga a conta é o consumidor final. “Tudo isso devido a falta de logística! Em Petrópolis, apesar de não ter feito um diagnóstico preciso é possível perceber erros que comprometem diretamente a economia e o retrocesso da Rua Teresa, que já foi o maior polo de modas a céu aberto da América Latina. Primeiro temos a BR-040, conhecida como a “Rodovia da Morte”. Os estacionamentos são caríssimos, assim como os hotéis, ou seja, se o consumidor que vier para a cidade apenas para fazer compras não achar viável o gasto com hospedagem, ele vai comprar em outro lugar. Além disso, temos o atendimento ao cliente que é ruim. Os vendedores não estão preparados! Não estamos falando de má vontade, e sim de pessoas que simplesmente não entendem o que vendem, não gostam ou desgostam do produto em questão, não sabem do que ele é feito, etc”, ressaltou. 

    Gerda falou ainda que o estoque da maior parte das lojas é mal contabilizado. “Acredito que os empresários estão errando a conta, e investindo muto em estoque. Isso faz com que tenha encalhe de peças, e lógico traz prejuízo. Saber quanto se vende, o que mais se vende, qual é seu público-alvo, quando a mercadoria ficará pronta, como ela será vendida, tudo é logística. As pessoas precisam aprender a fazer mais por menos, oferecendo o melhor para o seu cliente. Acredito que uma saída para os empresários de Petrópolis que atuam na Rua Teresa é a exportação. As pessoas não podem continuar co a imagem de que só grandes empresas e multinacionais podem exportar. Os empresários menores também pode, aliás devem”, ressaltou. 

    Isso porque segundo a especialista os “sacoleiros” não já não existem mais, e era justamente esse público que mais comprava na Rua Teresa. “Se esse consumidor não compra mais o jeito é mudar, e para vender em quantidade nada melhor que a exportação, nem que as pequenas empresas se unam em cooperativas. Porém é preciso ficar claro que isso não é uma tarefa fácil, muito pelo contrário. Exportar exige resiliência e perseverança. Assim como organização e o mínimo de qualificação por parte de empresários e seus funcionários. O mínimo que é preciso para colocar isso em prática é ter logística, ou seja, o produto precisa ser de qualidade, os prazos têm que ser impreterivelmente cumpridos, o preço justo, o atendimento de qualidade e a empresa organizada”, explicou. 

    Uma dica para os empresários que pretendem seguir esse caminho, é aplicar o lema: “Produto certo, na hora certa, pelo preço justo”. “Eles precisam ficar atentos ainda aos costumes de cada país e ao significado das palavras. Isso porque algumas palavras em português podem ter significados pejorativos em outros idiomas. O empreendedor passa a ter o mundo inteiro concorrendo com ele, então não há margem para erros primários. O grande problema do nosso país é que muitos grandes empresários cresceram rapidamente e não se qualificaram o suficiente. Por isso o workshop é uma forma desse público entender a regra básica de um negócio, a logística. O aprendizado precisa ser constante”, concluiu. 

    As inscrições podem ser feitas pelo e-mail lettera.petropolis@gmail.com, e custam R$ 180. Grupos a partir de cinco pessoas têm desconto. Mais informações pelos telefones: (21) 98108-8343 ou (24) 99814-7759. 


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