• Viver e não ter vergonha de ser feliz

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  • 27/06/2017 12:00

    Todos os dias procuro exercitar as palavras de Dom Filippo Santoro, anterior Bispo Diocesano e hoje Arcebispo de Taranto (Itália), por mais de uma vez em suas homilias nos dizia: “- devemos viver cada dia de uma vez”. Confesso estar consciente de não ser fácil quanto mais nas searas pessoais e profissionais.  Em adágios populares, na música e em outras manifestações, alguém, vez por outra nos chama a atenção para vivermos. 

    Em tom alegre digo sempre: sigo a trilha de Gonzaguinha, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e mesmo desafinado entoo: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz…”.  “Deixa a vida me levar…”,  “Começaria tudo outra vez…” “Eu sei que vou te amar…” É verdade! Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, diziam nossos pais e avós; no entanto só se vive uma vez. Não diria por isso, haveríamos de ser simples…  “Bon Vivant”…  Aquele ao deixar a bermuda, toalha molhada espalhada ou dia e noite; no vídeo game; celular em punho ou de pernas para o ar sem um objetivo na vida está mais para desorganizado e desocupado. Verdade seja dita, o tempo passa como um meteoro e sem segundo turno! Por isso não custa viver bem e com critério. Fazer contenção, apertar o cinto, cortar o supérfluo, mas, não se deixar escravizar. 

    Como é bom relembrar momentos, jogando para longe  tudo quanto nos fez sofrer. Dele retemos a depuração e o aprendizado, mais nada…  Fomentar amargores, ressentimentos adianta? Sonhar é bom. Concretizar é melhor. Vivamos o presente e o aqui e agora. A desculpa nem sempre deve ser uma caderneta polpuda quando a felicidade pode estar num cachorro quente desses vendidos no veículo automotor estacionado em frente à Tribuna de Petrópolis ao anoitecer, quando os jovens o saboreiam com prazer ou um saco de pipocas na Praça da Liberdade. Já vi pessoas trocarem a necessidade de uma prótese dentária ou um automóvel por um fim de semana em Paris. Vi outra quebrar um de seus dentes pelo simples prazer de comer um “torrone” espanhol… São pessoas parecidas com aquelas adeptas do  hedonismo. 

    Ele busca o prazer custe o que custar ou o epicurista, por buscar o deleite ausente de dor ou de sofrimento seguindo os passos do grego Epicuro. Admiro meu irmão Célio Barbosa que adora a “Água da Pedra Salgada”, de Portugal, mas, se for preciso tomar a mesma água da nascente da Estrada Rio Petrópolis se crê, o fará com a fidalguia de um Mestre-Sala porque é elegante no viver e no ser. 

    Quem não gosta de um delicioso jantar no Parrô, Locanda de La Mimosa, Majórica, Mayorca, Afrânio, Pousada Alcobaça, Parador Santarém só para citar alguns daqui e se for ao Rio talvez no Antiquário e se em Portugal num dos Restaurantes do Novelista e Dramaturgo Aguinaldo Silva e se em Paris no Tour D’arjan, Monsieur Alain Ducasse, Boutary, Epicure, L’Abeille, Aspic, Fouquet’s da Cidade Luz e outros mais?  Porém, um bife bem macio com dois ovos, arroz e batatas fritas para quem as aprecia faz o mesmo efeito se seu coração estiver em festa. O importante é ser feliz e amar a Deus sobre todas as coisas e não perder de vistas o olhar maternal de Maria, desejar o melhor para si, sem com isso, causar prejuízo a outrem. Assim sendo, terá alcançado a plenitude!

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