• Viva o imperador – vive l’empereur

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 13/01/2020 12:44

    O Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, era um alagoano que estava no comando militar do Rio Grande do Sul enquanto o político riograndense Silveira Martins, seu grande antagonista, ocupava a Presidência da Província. Mas ocorre que, na realidade, todos os dois disputavam os encantos da Baronesa de Triunfo, uma viúva bonita e rica que morava naquela cidade bem próxima a Porto Alegre. Mas ela optou pelo gaúcho. Embora, por motivos óbvios, a historiografia oficial sempre fez o possível para que ela fosse esquecida. Dois anos mais tarde, a loucura tresloucada do marechal, que não proclamou a república em nenhum momento, as chamadas causas daquele movimento se basearam no fato do Imperador dom Pedro II ter convidado o gaúcho, inimigo mortal do marechal, para ocupar o cargo de primeiro ministro.

    Lamentavelmente, como muitos brasileiros não sabem, naquele famoso e insignificante dia 15 de novembro, o marechal já bem idoso para a época, profundamente doente e acamado, foi obrigado, por mais uns três marechais, a deixar o seu leito, para participar e tomar conhecimento sobre um ligeiro descontentamento das tropas. Inacreditavelmente, logo após uma reunião com o visconde de Ouro Preto, ainda Presidente do Conselho de Ministro do Império, acompanhado de alguns militares, o marechal que estava sendo vítima de uma profunda dispneia, montou no seu cavalo e foi para o Paço Imperial.

    Eis que lá chegando, numa situação muito desagradável, quase caindo do cavalo, o marechal levantou o seu quepe e gritou em francês: – Vive l’Empereur !!! Um fato para o qual até hoje ninguém conseguiu uma explicação convincente. Imediatamente seus colegas lhe disseram que ele deveria ter dado um viva à república e não ao chefe do império. Em português naturalmente. Imagine então como ele deveria estar incapacitado mentalmente para transformar aquela data em algo histórico e inesquecível.

    Aristides Lobo, comentou que o povo assistira a tudo “bestializado”, no Campo de Santana, acreditando seriamente que se tratava apenas de uma simples parada militar. Em um de seus artigos, ele declarava: ” Eu quisera dar a esta data, 15 de novembro 1889, como o primeiro dia da república, mas infelizmente não posso fazê-lo. O que houve foi um degrau para o advento da grande era. Por ora a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. Estamos na presença de um esboço rude, incompleto e amorfo.

    A proclamação da república seria apenas uma fábula. Após ter gritado “viva o imperador” o marechal voltou para casa e ao seu leito. Ali recebeu a visita de alguns traidores republicanos, pedindo que ele assinasse aquele primeiro documento republicano. Ai ele respondeu:  “Deixe-me assinar esta porcaria”.

    Últimas