• Vítima de golpistas que clonaram whatsapp do prefeito vai à justiça para recuperar R$ 5 mil

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  • 28/11/2019 11:30

    Após ser vítima de golpistas que clonaram a conta de whatsapp do prefeito Bernardo Rossi, o empresário AMD segue com ação na justiça para identificar os responsáveis e recuperar o valor depositado na conta dos criminosos. A vítima recebeu a mensagem pedindo o dinheiro no dia 14 de outubro e, por conta da amizade com Rossi, fez o depósito. Na ocasião, a vítima recebeu a mensagem do número do chefe do Executivo solicitando ajuda com uma transferência bancária no valor de R$ 5 mil. O golpe só foi identificado após o envio da segunda solicitação, de mesmo valor. Desde então, a luta tem sido para identificar a origem do crime e recuperar o dinheiro. 

    A vítima questiona a pouca agilidade da agência bancária do Banco do Brasil, localizada na Rua Paulo Barbosa, onde foi feita a transação. “Na mesma hora que identifiquei o golpe acionei o gerente do banco para que pudessem verificar a conta e identificaram que já haviam movimentado o valor que depositei. Ficou a dúvida do porque o banco não intercedeu. Estou com o caso na justiça”, conta. De acordo com a vítima, outras pessoas da família foram acionadas pelo número clonado do prefeito, o que confirmou o golpe. “Meu filho recebeu o mesmo pedido de transferência, mas já tínhamos identificado o golpe”, lembra. O Banco do Brasil foi procurado pela Redação da Tribuna, que solicitou esclarecimento sobre como tem sido o procedimento em casos como esse, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.

    De acordo com a vítima, quatro contas bancárias foram identificadas, mas ninguém foi preso até o momento. “Todas as contas para as quais pediram transferência eram de fora da cidade, algumas no Nordeste”, disse. O delegado da 105º Delegacia de Polícia, Cláudio Batista Teixeira, pontua que esse é um grande dificultador para a identificação dos representantes das contas bancárias. Por ser tratar de contas em outros estados, esbarramos com os trâmites de outra jurisdição. “É preciso acionar o juiz de competência de outro estado e isso gera outras implicações”, destaca o delegado, que alerta que o primeiro cuidado que se deve ter é com o próprio dono do celular, de forma que se evite passar os dados da conta. Assim que a clonagem for identificada, as pessoas imediatamente devem acionar a delegacia. “Tenho profissionais treinados para lidar com esses casos, que vão acionar o aplicativo para que os dados sejam preservados e a conta seja reestabelecida”, pontua. 

    A clonagem de contas de whatsap é um golpe que tem registrado vítimas em todo o Brasil. Somente este ano, de acordo com levantamento recente, em todo o país houve a notificação de 8,5 milhões de contas de whatsapp clonadas por grupos de estelionatários.  Em Petrópolis, só na 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro, a clonagem dessas contas já representa cerca de 30% dos registros de estelionato. 

    Em nota, o banco do Brasil informou que “mantém estrutura dedicada à prevenção a fraudes e apta a detectar a atuação de golpistas por meio de sistemas e soluções de segurança. Quando detecta esse tipo de ocorrência, o Banco noticia as autoridades competentes e colabora com as investigações por meio do repasse de subsídios no seu âmbito de atuação”.

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