• Vítima de descarga elétrica conta como a vida mudou após acidente, há quase sete anos

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  • 23/02/2020 12:00

    Imagine a dor de um choque de tomada multiplicada por 127 vezes. Cristiano Luis Corrêa, de 45 anos, sofreu choque por descarga elétrica de 13 mil volts no ano de 2013 e sentiu essa dor na pele. Por sorte, conseguiu sobreviver, mas as sequelas, inevitavelmente, continuam surgindo até hoje.

    Na época do acidente, Cristiano era construtor e estava realizando um serviço na parte de fora do terceiro andar de uma residência. “Eu debrucei na parede a 48 centímetros de distância do fio de eletricidade. O fio puxou minha mão e fiquei cerca de 12 segundos preso, acabei escorregando da escada e fiquei desacordado por um curto período”, relembrou.

    Ao acordar do desmaio, o rapaz disse que lembra de cada detalhe: “Vi minha esposa chegando, minhas mãos pegando fogo e me lembro de estar deitado na maca com o médico cortando minhas roupas, que estava toda colada em meu corpo, ainda saindo fumaça”, relatou.

    O tratamento foi iniciado ainda em janeiro de 2013, terminando apenas em fevereiro do ano seguinte. Após o ocorrido, teve que fazer toda uma adaptação, como, por exemplo, a troca da mão dominante. Ele era destro e, por ter parte de sua mão direita amputada, teve que adaptar sua mão esquerda a realizar as atividades do seu dia a dia.

    As dores são sentidas o tempo todo. “No calor, minha perna paralisa. No frio, minhas mãos doem como se eu estivesse segurando gelo. Não posso andar muito, porque minha perna trava e não consigo mexer”, contou. Os problemas físicos podem ser amenizados com remédios, mas os psicológicos são difíceis de curar. Cristiano ainda tem apagões de memória frequentemente. 

    Cristiano lembra que era uma pessoa saudável e ativa. Tinha muitos empregos, uma condição de vida um pouco melhor e vivia fazendo voos de parapente e de asa delta. Depois da acidente, ele diz, parece que “a vida parou”. 

    Em consulta, o médico estimou a vida de Cristiano em seis meses, porém, disse que, se sobrevivesse, teria sequelas. Ele sobreviveu, mas sente até hoje as consequências do acidente. Por necessidade, teve que desfazer de muitos bens e, atualmente, mora de aluguel e vive com mais cinco pessoas. 

    Cristiano utiliza muletas e precisa de um aparelho de correção postural, que custa cerca de R$ 1,5 mil. Atualmente, está com dificuldades financeiras para comprá-lo, visto que seus custos com remédios e tratamentos, somado com o pouco valor arrecadado por mês, o dificultam em juntar a quantia.

    Com tais obstáculos, vem, desde o início do ano, solicitando ajuda de amigos, para compartilhar a história e conseguir doações. Até o momento, arrecadou cerca de R$ 216, sendo que mais da metade desse valor teve de ser usado para a compra de remédios. 

    Quem se interessar em ajudar Cristiano, pode entrar em contato com o próprio através de seu número de telefone: (24) 98831-9205.

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