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  • 20/12/2016 18:52

    A estação mais quente do ano, esperada por muitos e temida por outros, começa hoje (21), à noite. O verão chega oficialmente às 20h44, horário de Brasília, e deve trazer muita chuva e temperaturas dentro da média para o Sudeste. 

    Nos anos anteriores se falou muito em aquecimento global e também no aquecimento das águas do oceano pacífico. O fenômeno, conhecido como “El Niño”, consiste na elevação anormal da temperatura da água do mar, provocando significativas alterações no clima em todo o mundo, como mudanças nos índices pluviométricos, no padrão dos ventos e nos deslocamentos das massas de ar quente e úmida. Devido ao El Niño, os anos de 2014 e 2015 registraram recordes de temperaturas altas no Sudeste do Brasil e também de seca em todas as regiões. Até mesmo em Petrópolis, no início de 2014, em pleno verão, houve uma estiagem de quase 15 dias. Na cidade a temperatura chegou aos 40ºC na ocasião, provocando, inclusive, queimadas. Foi um período de seca e calor extremo vivido por uma das regiões mais úmidas do país. 

    Essas ocorrências climáticas, provocadas pelo El Niño, não devem acontecer tão cedo, segundo os meteorologistas. Isso porque uma reviravolta climática já vem acontecendo há alguns meses: a temperatura das águas do Pacífico, que estavam acima da média, já estão apresentando um leve declínio e a nova estação deve ser marcada pela leve atuação do chamado “La Niña”. 

    Segundo a rede de meteorologia Climatempo, o La Niña não deve ser tão forte, mas já provoca algumas mudanças no clima, como, por exemplo, o aumento na umidade. Com as águas do oceano mais frias, as correntes marítimas mudam e alteram a direção dos ventos, favorecendo a formação de Zonas de Convergência do Atlântico Sul, isso é, um canal atmosférico por onde passam os chamados rios aéreos, trazendo umidade da Amazônia na direção Noroeste-Sudeste, em direção ao Sudeste do país. Com ela vem muita chuva para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Goiás, podendo se estender também para o Sul da Bahia. 

    Com tanta umidade não haverá temperaturas muito altas ou de secas extremas por muitos dias, pois as chuvas serão volumosas e persistentes, suficientes para encher os reservatórios e provocar ao longo das horas uma queda na temperatura. 

    Bandeira verde

    Com a grande quantidade de chuva prevista, o verão deve contar com uma queda no preço da energia elétrica em todo o país. O volume de água deve ser o suficiente para que as hidrelétricas produzam energia sem necessidade de recorrer a alternativas. A expectativa é de que a bandeira verde predomine nos três meses de verão.

    Agricultura em alta

    As regiões produtoras de todo o país devem contar com uma fase rica em água, o que favorece a produção e o aumento da oferta de produtos. No entanto, é importante ter atenção quanto ao volume de chuva, que pode ser prejudicial às plantações em localidades de acumulado persistente, como na Região Serrana do Rio de Janeiro, e também no Sul de Minas Gerais. 

    Risco alto de chuvas

    A estação mais chuvosa do ano para a Região Sudeste do país deve provocar acumulado significativo, principalmente nas áreas de serra. A atuação frequente das Zonas de Convergência do Atlântico Sul deve provocar chuva com certa frequência em Petrópolis. Não serão somente as chuvas de verão, serão precipitações provocadas por um fenômeno de convergência que traz umidade de outra região para o Sudeste. Por isso é importante que os órgãos de Defesa Civil estejam sempre em alerta. “Em 2014 e 2015 tivemos pouca atuação da Zona de Convergência devido ao fenômeno El Niño. Já com a La Niña, agora em 2017, teremos uma atuação mais intensa deste fenômeno”, disse Josélia Pengorin, meteorologista.

    Natal terá tempo abafado 

    A primeira quinzena de dezembro já trouxe vários temporais para todas as Regiões do Brasil. Como é normal nesta época, o ar quente e úmido já está espalhado sobre o país facilitando a formação de nuvens carregadas que provocam chuva forte. O primeiro fim de semana do verão vai ter a cara da estação no Sudeste. A véspera de Natal será marcada por muito sol e calor na região. Há risco de temporais devido à alta temperatura. No entanto, a chuva deve ocorrer apenas em pontos isolados. A noite de Natal deve ter tempo abafado em todo o estado do Rio. A probabilidade de chuva é de 40%.



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