• Universitário petropolitano monta drone em prova de engenharia

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  • 24/06/2018 08:00

    Com nota 10, o aluno de Engenharia Mecatrônica da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Kim Loureiro, concluiu o curso com chave de ouro não apenas com a nota máxima, mas ao apresentar um trabalho inédito na Instituição. O estudante de 26 anos montou um drone com autonomia de voo de 19 minutos e alcance de cinco quilômetros. A criação e montagem do equipamento foi o tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado na noite desta quarta-feira (20) pelo aluno no campus Barão do Amazonas.

    “O bacana desse trabalho é, principalmente, porque é um projeto inovador. Já tivemos diversos projetos que gerassem um produto. Mas nesse caso é um produto que está no mercado hoje como algo diferenciado. A venda de drones aumentou absurdamente e ele tem diversas aplicações pessoais, como hobby, e profissionais, como entrega de produtos. Só que esses drones, profissionais e semiprofissionais, tem custo elevadíssimo, podendo alcançar valores acima de R$ 20 mil”, comenta Fábio Licht, diretor do Centro de Engenharia e Computação (CEC) da UCP, e também orientador do aluno. Ele explica que este montado por Kim custou um décimo desse valor.

    “Todas as peças foram especificadas, selecionadas e compradas seguindo o projeto e não como um kit facilmente encontrado no mercado. Tudo custou pouco mais de R$ 2.500. E só ficou esse valor final por conta do controle e bateria, que juntos, custam praticamente metade do valor”, disse.

    Funcionário de uma empresa do setor de óptica e optoeletrônica, Kim decidiu sair da zona de conforto e desenvolver um tema para o seu TCC diferente do que está habituado a fazer.

    “A ideia surgiu no meu PTCC (Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso), que é justamente quando temos que pensar o que queremos apresentar.  Pensei em fazer algo diferente, fora do comum justamente para poder abrir mais a cabeça, ver novos ares. E me interessei muito pelo modelismo de drones e quadricópteros”, conta o aluno que nunca tinha sequer pilotado um drone antes do projeto.

    “Eu aprendi tudo para fazer o projeto. A engenharia é alucinante. É muito maneiro. Tem muitos componentes e aplica muita coisa de mecânica, de elétrica, eletrônica e computação, e até mesmo programação em alto nível. Sem dúvida não faria nada sem tudo o que aprendi aqui na faculdade”, afirma Kim. Com peso de 1,700 Kg, o equipamento foi montado com cerca de 25 elementos, incluindo uma placa com sensores que fazem com que o drone se auto posicione, tenha noção de nivelamento e altitude, geolocalização, entre outros fatores.

    “Ele fez um produto que hoje pode ser usado comercialmente para várias atividades e foi desenvolvido totalmente pelo aluno. Ele pesquisou tudo; comprou os equipamentos e as peças; fez a montagem do drone e fez os testes sozinho. E é uma coisa bacana ressaltar porque o principal é a formação que queremos que o aluno saia. Uma formação profissional que atenda a demanda do mercado. E essa é uma demanda do mercado. Um drone hoje em dia, além da paixão por quem curte brincar, é um produto que não é só um brinquedo, ele é profissional”, frisa Fábio.

    Concorda com ele o coordenador do curso de Engenharia Mecatrônica, Paulo Leite. “Esse é o tipo de TCC que a gente espera. Que tenha um projeto e uma montagem. Uma monografia, um estudo, uma prática e um produto”, completa Paulo Leite, que também foi um dos avaliadores da banca de monografia do aluno.

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