• Uma plêiade de amigos

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  • 04/07/2018 13:10

    Até parece que ocorreu há pouco tempo, entretanto o evento se deu no dia 24 de março de 2013; cinco anos, portanto, já se passaram e a lembrança continua viva e latente dentro de nossa memória, portanto dígna de comemoração.

    Tudo aconteceu por ocasião do lançamento do livro Vida e Obra do poeta Osmar de Guedes Vaz, encontro em que tive a honra de receber uma plêiade de amigos juntamente com minha família, como, também, de renomadas figuras ligadas à cultura de nossa terra, todos integrantes da Academia Petropolitana de Letras, tais como o professor Roberto Francisco, a professora e poeta Carmen Felicetti, o poeta e escritor Gustavo Wider, marcando presença, outrossim, o poeta, historiador e teatrólogo Joaquim Eloy Duarte dos Santos, que se fazia acompanhado de sua exma. senhora. 

    A festividade, é bom que se frise, além de ter tocado sobremaneira a sensibilidade dos presentes, em razão das emocionadas palavras proferidas por esses expoentes das letras, propiciou, outrossim, grande contentamento à minha mãe que, embora com a saúde já precária, fez questão de comparecer ao evento, é bem verdade, emocionando-se com tantos gestos de carinho para com o homenageado, certamente pinçados do fundo do coração dos notáveis oradores.

    O mestre Roberto Francisco, de inesquecível memória, fez com que todos ouvissem suas palavras num ambiente de absoluto silêncio e atenção, em face das belas passagens pelo mesmo recordadas e relacionadas com o homenageado, recitando trovas e poemas do poeta, sempre com o carisma próprio daquele ilustre homem de letras que, infelizmente, nos deixou.

    Lembrou, outrossim, a passagem do poeta pela União Brasileira de Trovadores, que a presidiu.

    Carmem Felicetti, como sempre sensível e amável, cujo pai foi conterrâneo de meu pai, ressaltou com ênfase, acerca dos fortes laços entre nossas famílias terminando sua preleção através de tocantes palavras dirigidas à minha mãe e a mim, enfatizando: “… que Osmar de Guedes Vaz por tudo que foi, pelas amizades que conquistou, pela obra que deixou, pela família que construiu, continua vivo, bem vivo, em nossos corações!”

    Coube, finalmente, ao ilustre mestre e decano de nossa APL, Joaquim Eloy Duarte dos Santos, recordar o poeta em trovas, aliás a modalidade eleita por Guedes Vaz para expressar seus nobres sentimentos, salientando, entretanto, não ter o poeta se esquecido dos belos sonetos que fez escrever, publicando-os em dois dos livros lançados pelo mesmo em passado que já vai longe.

    Ei-las, através de “Trovas ao Trovador”, em 24 de março de 2013, no lançamento do livro Vida e Obra do Poeta Guedes Vaz, pelo autor, José Afonso Barenco de Guedes Vaz:

    /Uma rima eu busquei para Osmar de Guedes Vaz. Foi muito fácil; achei o seu amor pela paz./ Trovador de rima forte no seu estilo loquaz; lindo poeta, de porte

    era o Osmar de Guedes Vaz!/ Ele adorava a trova, na sua verve mordaz e a eternidade comprova o seu talento, que jaz./ Foi Osmar de Guedes Vaz excelente criatura, um poeta e muito mais além do amor e ternura./ Inteligência brilhante no seu jeito perspicaz, engraçado a todo instante belo Osmar de Guedes Vaz./ Audaz, capaz, eficaz e outras palavras mais rimando com Guedes Vaz, fino poeta loquaz./ Foi Osmar de Guedes Vaz lindo poeta, de porte, no seu estilo loquaz trovador de rima forte./ E neste instante tão lindo, a homenagem se faz em troca, sempre sorrindo nosso Osmar de Guedes Vaz./

    Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Carmem Felicetti e Roberto Francisco, personagens do mais alto conceito no mundo das letras da terra de Pedro, aos quais dedico especial respeito, ao último à sua memória e quem sabe esteja a nos ouvir, fiquem cientes, mais uma vez, da eterna gratidão por parte da família do poeta, eis que aquela tarde ainda não foi esquecida, estando marcada de forma indelével dentro dos nossos corações.

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