• Um sorriso cativante e muito otimismo na luta contra o câncer

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  • 16/10/2016 08:00

    Dois anos atrás Rosa Maria Quintela, de 59, descobriu um nódulo na mama. No início resistiu, mas em seguida comprovou por meio de uma mamografia que aquele tumor era maligno. A funcionária pública disse que não contou nem para os filhos – são três – e não quis fazer o tratamento. Só quando a doença atingiu os olhos, no ano passado, prejudicando a visão, é que ela resolveu abrir o jogo para a família e iniciou a quimioterapia. Além da mama e dos olhos, ela também está com um tumor no fígado. Mas nada disso abala o otimismo e a autoestima da petropolitana. No mês de outubro, quando se destaca a importância da detecção precoce do câncer de mama, Rosa dá uma verdadeira lição para as mulheres que, assim como ela, rejeitaram o tratamento na fase inicial. 

    Dados do Centro de Terapia Oncológica de Petrópolis (CTO) revelam que em 2014, 311 pessoas foram encaminhadas para a unidade com câncer de mama. Dessas, 307 mulheres e 4 homens. Do total, 135 foram pacientes de Petrópolis e 176 de outras cidades. O CTO não divulgou ainda os dados referentes a 2015 e 2016. Já o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que este ano cerca de 58 mil novos casos desse tipo de doença devem ser diagnosticados no país. Revela ainda, que em 2013, última atualização, o câncer de mama levou à morte 14.388 pessoas, sendo 14.206 mulheres e 181 homens. Apesar disso, se diagnosticada precocemente a doença pode ter até 100% de chance de cura. 

    Rosa começou a quimioterapia no início do ano. Quinze dias depois, o cabelo começou a cair e ela optou por raspá-lo. A funcionária pública contou que foi uma decisão tranquila e que aproveitou o momento para reunir a família. Depois disso adotou uma peruca e muitos lenços. Atualmente, ela está fazendo a quimioterapia oral e o cabelo já começou a crescer. Porém, se teve uma coisa que ela aprendeu nesse período foi investir em diferentes amarrações. “Gosto da peruca, mas ela esquenta. Então prefiro diversificar e cada dia uso uma coisa, tendo optado muito pelos lenços”, contou. Quem ajuda na hora de colocar é a irmã e o marido, que também está passando pelo tratamento de um câncer. “Ele é mais forte e me ajuda a enrolar um lenço no outro para fazer uma amarração diferente”, disse.

    Com um sorriso cativante, ela contou que é otimista e tenta manter a autoestima elevada. Mas, confessou que isso é mais difícil nos dias que faz a quimioterapia. “Sinto um desconforto, fico mais triste e prefiro me preservar”. Apesar de tudo, acredita que é preciso enfrentar a doença e encarar o mais breve possível o tratamento: “A mulher tem que se amar no sentido literal da palavra”, aconselha. Para ela, o autoexame é muito importante. “O câncer é uma doença grave como todas as outras e precisa ser tratada. A gente vê na prática que tem chance de cura, então quanto antes a mulher encarar, o tratamento será mais eficaz e menos doloroso”, enfatizou. 

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