• Um guru nem tão guru assim…

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  • 19/05/2019 07:00

    Até agora me abstive de falar sobre Olavo de Carvalho; o fiz porque, desde sua ascensão a "Guru" do Presidente e principalmente de seus filhos, sempre tive um sentimento de que era um falastrão de significado menor e que não merecia nem se perder tempo com ele. Sempre me pareceu um capricho bobo do Presidente e de seus filhos terem um conselheiro particular para orientá-los. Infelizmente, a escolha foi a pior possível: ultimamente seus pitacos estão a incomodar o País e a governabilidade e isto me incomoda.

    O presidente não soube colocá-lo na posição de mero orientador, permitindo-lhe interferir em políticas de Estado e em escolhas de pessoas.

    Se está dando enorme espaço a um livre pensador e mal pensante, que se autointitula filósofo e que se sente nos patamares de Platão, Aristóteles, Kant, Espinoza, Schopenhauer e tantos outros, estes sim filósofos. Olavo está a uma distância abissal destes.

    Ousa em suas obras citá-los, mas manipulando, nem sempre corretamente, as ideias destes. Seus livros estão mais para um manual de retórica ostentosa com toques de um ressentimento inexplicável, tentando o tempo todo vangloriar-se, do que uma linha de pensamento a ser seguida.

    Um sujeito que nada enxerga além dele mesmo e que julga tudo por sua própria pequenez. Imagina ele que está a viver num mundo de "bobos" e idiotas que não comungam de suas ideias.

    A bem da verdade, existem muitos incautos que o seguem nas redes sociais, que defendem com unhas e dentes suas palavras, que se matriculam em suas aulas e que lhe asseguram financeiramente sua existência. Talvez por este motivo, acredite estar no Olimpo dos pensadores.

    Ele não passa de um caipira deslumbrado, morador dos Estados Unidos, com aparente vida fácil, mas que possui características típicas de uma personalidade psicótica. Demonstra ausência de emoção e deixa transparecer frieza, desonestidade, sedução; desprezo por pessoas com ironias sempre mal colocadas, entremeadas por palavras de baixo calão, entre outros traços de um ser desequilibrado. Um impostor que se esconde atrás de um cinismo doente.

    A esse ponto me pergunto: estamos num País tão perdido nas ideias, a ponto de termos que escutar as ideias desta figura? Não; e a bem da verdade, ainda nos restam neste governo algumas cabeças pensantes (Guedes, Moro e os Generais) que mesmo a contragosto dos desavisados seguidores de Olavo, poderão colocar o País no rumo correto, sem se preocuparem com conspirações inexistentes.

    Agora só nos resta torcer para o Brasil recomeçar a dar certo depois desta fase (e que fase) de 25 anos sendo conduzido pela esquerda e que estes novos "gurus" sejam atropelados por boas notícias,  não lhes restando espaço para suas teatrais bobagens.

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