• UCP realiza júri simulado com estudantes de Direito sobre caso Carandiru

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  • 08/06/2019 12:05

    Um dos casos mais representativo da Justiça Brasileira, o Carandiru ganhará um “novo julgamento” feito por estudantes do curso de Direito da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). A turma fará um júri simulado, que acontece no próximo dia 11 de junho, às 9h, no Salão Nobre do Campus Dom Veloso. A atividade acadêmica, que será aberta ao público, contribui para a assimilação do conteúdo teórico dado em sala de aula com a prática da profissão.

    “A escolha do júri simulado decorreu da riqueza que esse tipo de atividade traz à prática jurídica do estudante do curso de Direito, não só porque demanda do aluno toda uma preparação para o debate e para a discussão que será realizada no plenário do júri. Mas também desenvolve o uso da oratória e da retórica como instrumentos de convencimento dos jurados que realizarão o julgamento. Isso faz com que o aluno tenha que se concentrar naquilo que ele pretende discutir, colocando-o em uma posição em ter de trazer bons argumentos a favor de sua tese, além de saber refutar, no plenário, os argumentos da parte contrária”, explica o coordenador do curso de Direito da UCP, Maurício Pires Guedes.

    “É uma atividade muito rica para a evolução de todas essas competências que o aluno desenvolve ao longo do curso”, destaca o professor.

    O caso do Carandiru levanta diversas questões sobre Justiça, Direitos Humanos e tantas outras que marcam a história da Justiça Brasileira, representada por seu sistema prisional. Em 2 de outubro de 1992, uma intervenção da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para conter uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, resultou na morte de 111 detentos. O fato ganhou ainda mais repercussão pela demora no julgamento e reviravoltas que o caso tomou ao longo dos anos. 

    “O caso Carandiru é um caso emblemático da história recente do nosso país. Ele foi especialmente escolhido para este júri simulado porque possibilita tanto argumentos relevantes para a acusação, para os membros da promotoria que são aqueles que vão acusar os que determinaram que houvesse a invasão na penitenciária, mas também da defesa, especialmente no que tange à situação de tensão existente no período que antecedeu a invasão”, comenta Maurício.

    O trabalho será desenvolvido por estudantes do 3º período do curso de Direito, uma iniciativa da disciplina de Antropologia e Sociologia do Direito, ministrada pela Profª. Drª. Denise Salles.


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