• Trilhas e montanhas: beleza que depende de cuidado e fiscalização

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  • 15/04/2019 17:54

    Todos os anos, milhares de petropolitanos e turistas aproveitam a temporada de montanhismo em Petrópolis. Entretanto, com aproximadamente 200 quilômetros de trilhas e montanhas, a procura também desperta a atenção para a necessidade de cuidados com esses locais, que devem receber manutenção periódica, cuidando e respeitando a natureza, evitando, assim, práticas nocivas ao meio ambiente e possíveis atos de vandalismo nesses locais.
    A manutenção das áreas e sua fiscalização são de responsabilidade do órgão gestor, quando essas trilhas estão dentro de unidades de conservação. No restante dos casos, o município assume esse papel. 

    De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, ao longo dos meses estão sendo realizadas as inserções de placas de sinalização em diferentes trilhas. O trabalho tem como finalidade sensibilizar, proteger e informar sobre as características geográficas de cada trilha e suas regras de conduta.

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    Para Letícia Castilhos Leal, presidente do Centro Excursionista Petropolitano (CEP), "A manutenção de trilhas é importante para facilitar e garantir acesso às montanhas e evitar que as pessoas se percam e saiam das trilhas e impactem ainda mais o ambiente, causando erosão no terreno e danos à flora, por este motivo, deve-se evitar os atalhos, utilizando-se o traçado existente que normalmente é mantido por montanhistas voluntários", recomendou, lembrando que o CEP instalou, recentemente, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente a sinalização das trilhas do Morro do Bonet e do Morro do Cortiço. 

    Trilhas

    Uma das áreas de conservação mais conhecidas do Brasil é o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso). No local, somente no ano passado, passaram quase 150 mil pessoas. Durante a temporada de montanhismo, o número de visitantes sobe cerca de 30%, principalmente, por adeptos à famosa Travessia Petrópolis x Teresópolis.

    Outras trilhas no município também recebem visitantes, como é o caso do Castelinho, no Morin, trilha Cobiçado x Ventania, no Caxambu, e trilha Pedra do Retiro, no Retiro. Por não estarem em áreas de reservas, essas são as trilhas que mais sofrem com o mau uso dos visitantes. Com isso, esses locais sofrem com a erosão, diante da falta de vigilância e manutenção.

    Prevenção

    No início da semana, bombeiros do 15º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) realizaram a marcha de reconhecimento nas trilhas de acesso ao Pico do Alcobaça. O objetivo da atividade foi mapear as condições gerais de acesso a riscos.

    Vale ressaltar que não é de responsabilidade da corporação a manutenção e fiscalização de trilhas, porém, cabem aos militares o combate às chamas e o socorro às vítimas de ocorrências.
    A marcha de reconhecimento é feita para que haja o reconhecimento da área para atuação das equipes em casos de emergências. Os militares realizam o mapeamento da localidade para, por exemplo, pontuar locais críticos para um socorro e fonte de captação de água e espaço para pouso de helicóptero para situações em que seja necessário o emprego da viatura. O mapeamento também auxilia no planejamento dos procedimentos operacionais conscientes a serem colocados em prática durante as ocorrências nestas localidades.

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