• Três meses depois de assinarem os contratos, futuros moradores ainda aguardam promessa de mudança para o Vicenzo Rivetti

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  • 19/06/2020 11:43

    Os futuros moradores do Conjunto Habitacional do Vicenzo Rivetti vivem a incerteza da mudança há mais de seis meses. A promessa de entrega dos apartamentos começou ainda no ano passado. Depois de alguns adiamentos, os contratos foram assinados em março deste ano, em uma cerimônia no dia do aniversário da cidade. Mas, três meses depois, a única garantia desses moradores é o documento de propriedade. Sem informações e num jogo de empurra, a Prefeitura não tem previsão de quando serão iniciadas as mudanças das famílias. 

    A família da Pamela Espindula vive a expectativa de conseguir uma moradia própria desde 2013, quando teve a casa em que morava atingida por uma barreira. Ela, o esposo e duas filhas pequenas são beneficiários do aluguel social e estão entre as famílias sorteadas para morar no Vicenzo Rivetti. 

    Para Pamela, a espera tem sido angustiante. Ela conta que o contrato de locação da casa onde vive atualmente no Independência venceu em fevereiro, e teve que conversar com a proprietária para continuar, já que a expectativa da mudança foi frustrada. “Por enquanto a gente não sabe quando muda. Estamos aguardando. Mas é frustrante para a gente. Teve uma semana que encaixotamos quase tudo, porque acreditei que íamos mudar”, disse.

    A Prefeitura diz que a pandemia afetou o processo de formalização e mudança das famílias para as unidades, mas, com o início das flexibilizações, os futuros moradores questionam quais são as prioridades. “É claro que não tem como fazer a mudança toda no mesmo dia. Mas podia fazer cinco, seis mudanças por dia em horários alternados. É frustrante ver que os apartamentos estão prontos e não podemos mudar”, lamentou Pamela.

    O cenário de pandemia afetou o processo burocrático, mas tem agravado ainda mais os problemas sociais e econômicos dessas famílias. Luiza Silva, de 53 anos, é diarista e não está trabalhando nesse período da pandemia. Ela mora com a mãe de 82 anos em Pedro do Rio e espera há 12 anos uma moradia própria. Beneficiária do aluguel social, ela ainda precisa complementar o valor depositado mensalmente para cobrir a despesa do aluguel. 

    “Não estamos aguentando pagar o aluguel porque trabalho como diarista. E ninguém aceita que eu trabalhe, porque tenho mãe idosa e não posso deixá-la exposta ao vírus. Nossa mudança já está pronta, só esperando a data. É uma espera de anos. Foram anos e anos de luta”, desabafou Luiza. 

    Em maio, nem mesmo as obras de acabamento dos apartamentos tinham terminado. Nesta quarta-feira, a Prefeitura disse que o último trabalho pendente de conclusão é a instalação de parquinhos infantis. Acrescentou que a Caixa está realizando o processo de vistorias finais nos condomínios. Sobre o cronograma de mudança, respondeu que a empresa contratada para o trabalho de gestão de condomínio vai auxiliar no processo de mudanças, para garantir a segurança e a saúde de todos os moradores.

    A UBS e a creche que estão sendo construídas para atender estes moradores também não teêm previsão de quando serão entregues. A Prefeitura só informou que já estão em construção.

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