• Tratamentos específicos ajudam a reabilitar cães que não andam

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  • 05/02/2016 12:00

    Por serem animais extremamenteativos, os cães sofremmuito ao terem sua parte motoraprejudicada por algum acidenteou doença. Por mais cuidadoque o dono tenha, nem sempreé possível evitar acidentes ouque o animal fique enfermo.Alguns dos principais problemasque acometem os pets sãocasos ligados a atropelamentose sequelas de cinomose.

    O veterinário e ortopedistaFelipe Almeida destaca que asprincipais causas que levamcães a terem sua parte motoracomprometida são traumas,doenças infecciosas, de discointervertebral com compreensãona medula e degenerativas, alémde neoplasia, hérnia de disco,entre outras. Há também patologiasque podem levar à paralisia,como cinomose e espondilite.

    “As paralisias podem serclassificadas com paraplegia(ausência de todos os movimentosvoluntários nos membrospélvicos) e tetraplegias (ausênciade movimentos voluntáriosnos quatro membros)”, explicao ortopedista. A maioriadas lesões pode ser tratada e,em muitos casos, o animal serecupera completamente. Porém,algumas das doenças oucomplicações são irreversíveis,tais como lesões que causem orompimento da medula.

    Felipe conta que para diagnosticarqualquer problema, oexame clínico é o mais importante.Porém, existem exames complementares como radiografia,tomografia computadorizada,ressonância magnética e análisede líquido cefalorraquidiano, queajudam a identificar exatamentequal é a gravidade da lesão doanimal. “Já os tratamentos indicadosabrangem desde medicamentosaté cirurgias, dependendodo caso”, conclui Almeida.

    Formas de tratamento decães com sequelas de cinomosee atropelamento

    Atualmente, mesmo em casos graves, os cães conseguemse recuperar e voltama ter uma vida de qualidade.Para isso, é necessário paci-ência, tempo e dedicação paraque o animal ganhe confiançae força para melhorar.

    A veterinária, fisioterapeuta e acupunturista, Marimar Becker,revela que o tratamentopara sequela de cinomose eatropelamento é basicamente omesmo, o que difere são os estímulos e o tipo de cuidado, pois no atropelamento pode ter umalesão de coluna e a movimentação pode agravar o quadro.

    “Em casos como acima citados,os cães podem sofrer traumatismos,ter lesões medularese traumas cranioencefálicos. Emtais situações, o animal deve serimediatamente levado à clínicapara a realização de uma consultae exames e avaliação do estadode saúde”, explica Marimar.Dependendo do resultado, o petpode ser encaminhado para o tratamentocirúrgico, conservadorou intensivo na própria clínica.

    O tratamento consiste noalívio da dor e do processoinflamatório, trabalhando comacupuntura e técnicas de fisioterapiapara dores “leves”. Emseguida, pode-se introduzirpequenos estímulos com escovase pequenas mobilizações das patas. “Conformea evolução começamos comexercícios em quatro apoiospara estímulo de ficar em pé,depois trabalhamos a caminhada,aumentando o grau deatividade do animal”.

    A especialista destaca que éfundamental realizar todo o processocom cautela, dentro daslimitações do pet, protegendotodo organismo, principalmentea coluna, pois cada ganho demovimento ou resposta é umavitória. “Já em casos de sequelassem respostas, podemos usarcadeiras de rodas e aplicação deexercícios e estímulos paralelos,alternando as atividades. Valeressaltar que as cadeiras são importantespara a independênciae atividade do cão”, explica.

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