• Trabalhadores da construção civil e mobiliário recebem reajuste salarial

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  • 22/08/2016 19:07

    Os trabalhadores da construção civil e do setor do mobiliário estão comemorando o dissídio, aprovado este mês, que concede o reajuste de 9,5%. O aumento é referente à data-base de julho e é retroativo ao dia 1º do mês passado. De acordo com José Maria, presidente do Sindicato dos trabalhadores, a conquista é positiva, uma vez que o aumento acompanhou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, ele comemora a manutenção do vale-transporte gratuito para a categoria e dos feriados em outubro e no Carnaval. O reajuste foi concedido após a convenção que reuniu também o sindicato patronal do setor. No ano passado, o aumento foi de 9,31%.

    Com o aumento, os mestres de obras passam a receber R$ 3.135,00; pedreiros, carpinteiros de esquadrias R$ 1.724,80; pedreiro de alvenaria R$ 1.567,50; serventes e vigias R$1.045,00; auxiliar administrativo R$ 1.567,50; e auxiliar de recursos humanos – R$ 1.254. Segundo José Maria, no ano passado houve resistência do sindicato patronal para dar o reajuste, que só aconteceu em dezembro e foi parcelado. Porém, o dissídio deste ano foi resolvido de forma mais tranquila e o acordo foi aprovado já na primeira reunião. Segundo o presidente do sindicato, o reajuste não pode ser menor do que o INPC, caso contrário está retirando o direito dos trabalhadores. 

    De uma maneira geral, José Maria disse que o setor enfrentou um ano difícil, com queda de contratações e algumas demissões. Ele acredita que as obras devem ser retomadas lentamente neste segundo semestre, com algumas construções particulares, principalmente na região dos distritos. “Mas a expectativa do setor voltar a se aquecer é realmente para o ano que vem”, disse. Para ele, o cenário enfrentado em 2016 foi reflexo da crise econômica que o país enfrenta que forçou a paralisação de muitas construções e fez o brasileiro segurar mais o dinheiro. 

    De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o setor emprega 3.812 pessoas de maneira formal na cidade, em 537 estabelecimentos. Segundo os dados, entre janeiro e junho deste ano o setor contratou mais do que demitiu. A variação absoluta foi positiva em 363 novas vagas. 

    Além da construção civil, o setor de mobiliário também teve reajuste de 9,5% dos salários. Encarregados receberão R$ 1.735; marceneiro R$ 1.508; operador de tupia R$ 1.484; operador de serra R$ 1.412; e demais maquinistas R$ 1.287. Já auxiliares ou ajudantes que atuam no segmento passam a receber R$ 912 e meio oficial R$ 1.022. Os trabalhadores do setor recebem ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR), no valor de R$ 300, que é dividido em duas vezes de R$ 150. 

    Com relação ao mobiliário, José Maria informou que a situação ficou estável em 2016: o setor nem contratou de forma expressiva, nem demitiu. Ele acredita ainda que o aquecimento desse segmento deve acontecer no período de fim de ano e que pode até provocar contratação de mão de obra para atender a essa demanda. 

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