• Toxina botulínica A: como potencializar seus efeitos contra o envelhecimento

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  • 05/03/2020 16:16

    A regra de ouro de repetir a aplicação de toxina botulínica A no rosto a cada quatro ou seis meses está valendo mais do que nunca! A substância tem muitos benefícios de longo prazo que podem ser observados ao final de anos de uso da técnica. De acordo com um estudo recém-divulgado de autoria da dermatologista Doris Hexsel, pesquisadora e investigadora do Centro Brasileiro de Estudos em Dermatologia (CBED), um resultado mais prolongado do que o esperado e mais natural pode ser obtido por meio de uma técnica individualizada no terço superior da face e intervalos de reaplicação regulares.

    Foi realizada uma avaliação dos resultados ao longo dos últimos 20 anos pela Dra. Doris, em 26 mulheres na faixa etária de 40 a 80 anos. Em 2001, a médica observou pela primeira vez efeitos residuais no reposicionamento das sobrancelhas de uma paciente depois de sete meses da aplicação. As pacientes que integraram o estudo repetiram as aplicações de uma a três vezes por ano durante todo o período, com técnicas e intervalos de tempo recomendados, o que também influencia na durabilidade e resultado imediato do tratamento.

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    “Monitoramos minuciosamente a evolução do terço superior da face dessas pacientes e observamos uma melhora significativa na posição das sobrancelhas e no aspecto das pálpebras superiores”, explica Hexsel. Na maioria dos casos, os resultados da aplicação duraram mais do que os esperados e observou-se uma melhora gradativa ao longo dos anos.  Entre as mulheres avaliadas, aquelas que repetiram o tratamento por dez anos ou mais, obtiveram melhores resultados, se comparadas com as que trataram por menos de 10 anos.

    A toxina botulínica A é capaz de retardar o envelhecimento e o aparecimento de rugas nas áreas de contração muscular. Diferentemente dos preenchedores – que repõem as perdas de contorno e de volume do rosto –, ela é usada para tratar as rugas chamadas “dinâmicas”, sendo as mais comuns entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos (conhecidas como “pés de galinha”). “A pele que recobre os músculos da expressão facial sofre a ação dos movimentos musculares repetitivos. Através da redução dessa movimentação, prevenimos rugas, sulcos e vincos, além de redundâncias na pele suprajacente”, compara a autora do estudo.

    Individualizar o tratamento é o segredo do sucesso. “Alguns rostos são assimétricos, outros podem se beneficiar muito de pequenas alterações, que podem ser previstas na decisão por determinadas medidas terapêuticas quando realizadas por um profissional experiente. É fundamental saber identificar e intervir com precisão na forma com que cada paciente utiliza os músculos da face”, afirma Dra. Doris. Além disso, a regularidade das aplicações e a escolha da técnica, que envolve também a escolha da marca da toxina botulínica A, das doses e pontos de aplicação para cada paciente, são fatores essenciais para um procedimento bem-sucedido, segundo a médica. Ela destaca que a toxina botulínica A deve ser aprovada pelos órgãos regulatórios brasileiros, além de ter eficácia e segurança comprovadas por estudos clínicos e, igualmente, que o profissional escolhido para realizar o procedimento seja experiente, habilidoso e habilitado para tal.

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