• Todos pela boa profissionalização

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  • 07/12/2016 12:00

    Ensinar uma profissão na Idade Média implicava em colocar o aprendiz ao lado de um artesão para que este lhe transmitisse a importância e os detalhes do ofício pretendido. A vivência no dia a dia acabaria por lhe trazer diversos desafios e seu o contato com o mestre, diferentes maneiras de solucioná-los. Hoje, formar para uma profissão requer mais intencionalidade. Além de introduzir os estudantes no universo de um saber específico, buscando as competências necessárias para que a exerçam com segurança, é fundamental lhes apresentar, não somente os valores morais do grupo profissional de que um dia farão parte, como também a ética que deverá os levar ao comprometimento com a profissão escolhida, de tal forma que se distingam daqueles que a abraçam simplesmente a troco de dinheiro ou de recompensas pessoais.

    Para isso, as instituições formadoras devem inspirar confiança, construir uma identidade e fazer transparecê-la aos que a elas se dirigem. Isso se alcança com coerência no discurso institucional e com a presença e ações de seus dirigentes, gestores, professores e funcionários. Só assim de constitui o Genius loci, o espírito do lugar, quando as crenças e características socioculturais que compõem o ambiente, afloram a ponto de fazer com que até as paredes ensinem e transmitam valores.

    Além disso, para garantir a sua pertinência, as Instituições de Ensino Superior (IES) precisam estar de alguma forma conectadas com a sociedade, sua realidade, necessidades e demandas. Por este entendimento, cresce a importância da atualidade dos currículos que aplica, da articulação dos cursos com as atividades de extensão e com a pesquisa na busca de compreensão da realidade e de soluções inovadoras. Há que se estabelecer um canal seguro de comunicação entre elas e seus docentes, oferecendo a possibilidade de que incorporem metodologias estimulantes que promovam ou pelo menos facilitem o aprendizado.

    Neste viés, as tecnologias, que trazem um sem número de possibilidades, devem ser utilizadas para buscar e descobrir novas formas para a construção do conhecimento. A nem tão explorada Educação à Distância (EAD) já vai dando lugar a uma concepção mais ampla que são os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Metodologias Ativas, Problem-based Learning (PBL), Team-based Learning (TBL), sala de aula invertida (SAI) e tantas outras siglas vêm se adicionar ao dia a dia do ensino superior.

    O professor, figura imprescindível do processo, recebe o impacto dessas demandas. A ele, que não deve abrir mão de seu papel como o grande arquiteto do pensar de seus alunos, devem ser oferecidas condições para dar conta de tantas demandas de atualização metodológica e didática, de estudo para o preparo de suas aulas a gerações diferentes quase que a cada ano, as quais têm de motivar continuamente.

    Garantindo que as instituições não se distanciem dos projetos nacionais de formação superior, a legislação as submete, entre tantas determinações, às Diretrizes Curriculares de cada curso e a avaliações previstas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Este verifica a organização didático-pedagógica em sua qualidade, o corpo docente em sua titulação, tempo de dedicação, produção, condições de trabalho e a infraestrutura disponibilizada. Preocupa-se também com a atenção a requisitos legais, assegurando o alinhamento das IES com as políticas de governo.

    No centro disso tudo está o aluno que quer se profissionalizar. Ele é a esperança da sociedade para a concretização de dias melhores à frente. O importante é formar gente desse tempo, movida para os demais. Gente competente, consciente e compassiva, gente que valha a pena!

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