• Tiago Bravo recebe homenagens e dá palestra. O atleta já está nos Emirados

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  • 24/01/2016 09:00

    A editoria de esportes recebeu a visita do petropolitano Tiago Bravo, que está dando aulas de jiu-jitsu nos Emirados Árabes Unidos. Com graduação ao segundo grau da faixa preta, depois de seis anos ele obteve a honra de receber o segundo grau das mãos do mestre Muzio de Angelis. A cerimônia foi realizada na Gávea, no Rio de Janeiro, na Academia Gávea Gym Regada, com muitas emoções e lembranças.

    Tribuna – A quanto tempo você está trabalhando nos Emirados Árabes Unidos?

    Bravo – Venho trabalhando nos Emirados Árabes desde de 2012 e não tenho data para voltar. Sou feliz no país asiático, vivo do esporte que eu amo. Não é moleza, como muitos podem pensar, mas sou agradecido por ter tido essa oportunidade.

    Tribuna – Deu para “matar” a saudade da família nessa virada de ano?

    Bravo – Saudade da família e amigos próximos, essa é a maior barreira de quem mora fora do país. Porém, consigo administrar focando bastante no trabalho para que quando as férias cheguem eu possa matar as saudades de todos e aproveitar bastante.

    Tribuna – Quais são as diferenças de filosofia de trabalho no Brasil e nos EUA?

    Bravo – Acredito que a grande diferença seja colocar o jiu-jitsu nas escolas como matéria curricular, não apenas para formar campeões, mas para ajudar aquela criança que tem alguma disfunção motora. A criança introvertida, aquela que não tem autoconfiança, essa é a grande filosofia do nosso trabalho. Fazer campeões será fruto de um trabalho educativo que vem sendo feito na base, porém aqueles que não quiserem seguir no esporte terão aprendido a base da arte marcial, que é o respeito, a disciplina, lealdade, humildade, etc. Serão valores que aplicados em suas vidas profissionais os farão diferenciados dos outros. No Brasil tem muita gente com boa vontade, pronta a ajudar, porém faltam recursos. Recursos aqueles que como todos sabem foram desviados. O Brasil é um país rico, mas com uma administração problemática. 

    Tribuna – Aconteceu um seminário na academia Gracie Humaitá, do professor Breno Angelo. Como foi o encontro?

    Bravo – Eu tive a honra de ministrar um seminário na academia Gracie Humaitá do mestre Breno Angelo. Foi no tatame daquela academia onde passei muitos anos de minha vida. Poder voltar à sua cidade e ministrar um seminário onde você aprendeu é algo inexplicável e ainda reencontrar amigos antigos que eram suas referências no esporte e estavam prestigiando o seminário foi realmente único para mim. Outra façanha foi o Guinness Book – poder ter entrado para o livro dos recordes é algo sem preço. E entrar no livro dos recordes com a maior aula de jiu-jitsu do mundo é surreal, somente quem esteve presente para ter a dimensão do que foi. Parabéns aos Emirados Árabes e a Palms Sports por terem dado todo suporte necessário. Agora temos petropolitanos no livro dos recordes. Por meio desse gostaria de me despedir de todos, deixar um abraço aos que não encontrei, deixar um beijo e um abraço apertado na minha família, agradecer à academia Locatelli e à academia Physical, que sempre abrem suas portas, a todos que abriram seus tatames para que eu pudesse continuar a treinar. Que seja um ano abençoado a todos com muita saúde.


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