• Tecnologia: Petrópolis está entre as cidades que compõem o “Serra do Silício”

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  • 08/12/2019 08:00

    O setor tecnológico é um dos mais promissores do país e a realidade não é diferente na região serrana. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo são cidades que abrigam empresas na área e estão fomentando o setor, inclusive com a formulação de leis de incentivo. Em Petrópolis, a Lei da Inovação foi aprovada no início de 2019 e prevê a constituição de instrumentos de incentivo como Sistema Municipal de Inovação, Conselho de Inovação e Fundo da Inovação. Mas as cidades também planejam ações em conjunto: para alavancar ainda mais o setor tecnológico nas cidades da serra, foi criado em Nova Friburgo o movimento “Serra do Silicio” e Petrópolis integra a ação.

    O assunto foi abordado na Revista Êxito Rio, publicação que circula nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Cachoeiras de Macacu. “O setor de tecnologia cresce aproximadamente 10% ao ano na cidade e emprega mais de duas mil pessoas, ou seja, é um setor que tem as suas particularidades, está em crescimento e estimula cada vez mais a inovação nas diversas áreas econômicas do município. Vejo com bons olhos essa aproximação das cidades da serra em prol da solidificação do setor. Temos que mostrar que a região serrana tem vários atrativos, inclusive um ambiente favorável para o crescimento das empresas de tecnologia”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.

    O movimento Serra do Silício foi criado por Rodrigo Sena, empresário de Nova Friburgo que decidiu criar uma rede de apoio com a participação de empresários da área tecnológica e profissionais liberais, sempre com o intuito de alavancar negócios nas cidades da serra.

    “O nome Serra do Silício foi pensado em uma alusão ao Vale do Silício. Serra por estarmos na região serrana do Rio de Janeiro e nosso objetivo foi o de agregarmos várias cidades próximas com potencial empreendedor. Em nossa região reunimos várias universidades, com muitos formandos semestralmente. Com isso, muitos empreendedores são gerados, criando novas startups. Temos tudo para transformar a região em um polo de tecnologia e inovação. O objetivo da Serra do Silício é trazer cursos, eventos e capacitação para o mercado. Sabemos bem que as vocações do interior do estado estão perdendo força e mercado para outros estados. Com isso é muito importante que montemos esse ecossistema de inovação e tecnologia em nossa região”, explica Rodrigo.

    Palestras e workshops já foram realizados pelo grupo e a intenção é de que o movimento cresça e essas ações também sejam feitas em Petrópolis. “Estamos atuando em parceria com o Serratec justamente para incentivar essas ações”, completa.

    Além da Lei da Inovação, Petrópolis tem outros atrativos que se destacam na área como o Serratec, que, nos próximos anos deverá ter mais de 3 mil postos de trabalho e o LNCC – Laboratório Nacional de Computação Cientifica – que abriga o Supercomputador Santos Dumont – que teve sua capacidade ampliada em cinco vezes, passando a ser considerado o maior computador em capacidade de processamento da América Latina e um dos 200 mais rápidos do mundo.

    “Fortalecemos também o pedido ao governo federal para que um dos laboratórios de inteligência artificial que serão instalados no pais fique em Petrópolis. Esse seria mais um diferencial e destaque para chamar a atenção de novas empresas”, conta o prefeito Bernardo Rossi.

    A tecnologia também está sendo o foco de outros projetos em estudo pela prefeitura. “O conceito de Cidades Inteligentes está se solidificando. Temos um projeto em andamento que prevê, com auxílio da Enel, o desenvolvimento de ações nas áreas de saúde, segurança e mobilidade urbana como a criação de ecossistema multidisciplinar composto por órgãos públicos e privados. Um dos exemplos seria a implantação de sensores inteligentes em determinados pontos do município, que poderão auxiliar em questões como iluminação pública inteligente, coleta de lixo otimizada, aumento conexão de banda larga, gerenciamento de vagas para automóveis, melhoria do serviço de transporte público e monitoramento e interação entre secretarias, instituições e órgãos”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Fiorini.

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