• Sustentabilidade na moda ganha cada vez mais espaço e encanta consumidores

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  • 08/12/2019 08:00

    A preocupação com a sustentabilidade está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. Diante disso, alguns optam em adotar mecanismos de energias renováveis, buscam meios de desperdiçar menos água, luz etc. No Brasil, o ramo da moda é um dos pioneiros a abraçar a causa e a colocar em prática uma nova forma de se produzir e consumir. Assim, é crescente o número de marcas criadas por pequenos produtores que acreditam no reaproveitamento de diferentes materiais.

    Na última edição de domingo da Tribuna de Petrópolis, uma marca petropolitana salientou justamente a importância de se preocupar com o meio ambiente. E o mesmo tem sido feito pelo designer João Gabriel Ribeiro, que produz bijuterias femininas e masculinas de maneira 100% sustentável.

    Tendo a sustentabilidade e o reflorestamento como foco, o empresário criou a marca Satis Atelier. Ele trabalha exclusivamente com cacos de madeira de demolição que iriam para o lixo, fios e chapas de cobre de construções antigas, que também seriam descartados, entre outros. “A minha proposta é reutilizar a madeira que foi morta em algum momento para construir móveis, ou outro item, e que após alguns anos fatalmente poderá ser jogada fora. Para evitar essa falta de reaproveitamento, eu recolho esse material dos espaços de demolição e dou novo destino a eles”, disse.

    João Gabriel no seu ateliê: bijuterias são criadas com materiais que seriam descartados. Foto: Divulgação

    Segundo João Gabriel, a habilidade artística vem da infância. Desde criança, era um apreciador de arte em suas mais variadas formas e estilos. Ainda pequeno, criou os primeiros mosaicos, colares, e até instrumentos musicais – o que o inspirou a se tornar músico também. Claro, que as peças já chamavam muita atenção. 

    “Comecei a fazer acessórios femininos inspirados em elementos do Egito antigo e da cultura indígena. Atualmente, recupero materiais descartados em obras e marcenarias e produzo a minha arte. Resgato o que considero reaproveitável e busco uma nova forma de utilizá-lo”, disse. 

    Outro ponto que chama atenção no trabalho desenvolvido por João Gabriel é o cuidado com as embalagens onde o produto é entregue ao cliente, e com a surpresa ecológica que vem dentro delas. “No pacotinho que mando o acessório, todos feitos manualmente e de papel reciclável, envio a semente de uma árvore da mata atlântica, pra que a pessoa possa plantar e dar continuidade à vida. A importância do reflorestamento é algo que me envolvo sempre”, contou.

    Além da preocupação com o meio ambiente, os colares, anéis, brincos, e outros acessórios produzidos são únicos. Por mais que sigam o mesmo modelo, cada um tem um toque diferenciado, o que corresponde à essência do trabalho artesanal. Da mesma forma são pensadas as embalagens, que são de acordo com cada peça.

    “Geralmente cada peça leva um dia para ser produzida, e exige uma técnica diferente que pode envolver solda, moldagem de metal, entre outras. Mas sempre com foco em um designer diferenciado que garanta leveza as peças”, afirmou.

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