• Startups: cidade já se destaca no novo modelo de negócios

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  • 30/10/2019 12:00

    A transformação do mercado de trabalho abre caminho para oportunidades. Entre elas, sem dúvida, estão as startups, um modelo de negócio que promete revolucionar a forma de gestão financeira que pode alavancar a criação de empregos. Em Petrópolis, as instituições – principalmente ligadas na tecnologia – se preparam para esses novos tempos. 

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    Mas afinal, o que é uma startup? O termo quer dizer dar início a um novo negócio que busca explorar atividades inovadoras do mercado. É um modelo bem diferente de uma empresa tradicional. Ela tem como objetivo oferecer soluções e valor aos clientes, num contexto onde novas ideias são associadas a novas relações de trabalho, criando um novo campo da economia. 

    Esse modelo de negócios é alimentado por novas formas de empreender atividades que tenham demanda na sociedade. Nos últimos anos, cada vez mais pequenas empresas ganham espaço a medida em que desenvolvem soluções tecnológicas para determinados problemas. Pensando nisso, petropolitanos apostam no crescimento das startups para avançarem no terreno em diferentes áreas e abocanharem muito dinheiro – isto quando têm sucesso no empreendimento. 

    Para comprovar que o negócio startup cresce na Cidade Imperial, dados da Associação Brasileiras de Startups revelaram a boa posição local no cenário estadual. A Tribuna apurou com a entidade que Petrópolis é a quarta cidade no Rio de Janeiro em número de negócios, com oito filiadas. Na primeira posição aparece a capital fluminense, com 700 startups, seguida de Niterói, com 35, e Volta Redonda, que aparece no ranking em terceiro lugar, com um total de 17.

     

    Modelo de negocio traz mudanças na relação da economia e o trabalho 

    Neste ano um evento chamado “Startup Weekend” realizado no Quitandinha em um final de semana reuniu estudantes, empresários e empreendedores em dois dias de muitas atividades. A Startup Rio foi uma outra iniciativa que buscava talentos e ideias revolucionárias na área da tecnologia e negócios. Tudo isso abriu caminho para que as pessoas sonhassem com negócios próprios e inovadores, em vez de priorizar a procura por um emprego.

    Sócio principal da Nível 12, o jovem Otávio Pires Chaves é a cara dessa “Nova Economia” em Petrópolis. Com perfil inovador e agressivo na conquista de seu negócio, o empresário é categórico ao reconhecer que a startup é um novo nicho para a economia petropolitana, atraindo dezenas de pessoas que estão ávidas por revolucionar seu trabalho e, obviamente, ganhar muito dinheiro com isso. 

    Segundo ele, as grandes corporações hoje não conseguem resolver todos os problemas no campo dos negócios. Para ele, muitas empresas de grande porte podem ser substituídas por startups, que oferecem soluções rápidas e econômicas. Usou como exemplo a Uber, uma startup que está em centenas de países e fatura bilhões de dólares anualmente.

    “A verdade é que as grandes corporações não conseguem resolver bos problemas da sociedade. São caras e, às vezes, ineficientes. As startups são um modelo de negócio enxuto, muito diferente das empresas tradicionais. O Uber, por exemplo, é uma startup que deu certo e hoje tem uma enorme representatividade em várias partes do mundo. Até mesmo as grandes empresas estimulam seus funcionários a criar núcleos de startups”, disse Otávio, acrescentando que seu negócio recebeu aporte financeiro da multinacional Andrade Gutierrez.

    Na mesma linha de pensamento, o engenheiro de programas Ramon Farias é sócio da Eyesight, uma startup voltada para a área educacional e preparação para o mercado de trabalho. Para ele, Petrópolis tem todas as condições para criar empreendimentos inovadores e também para receber pessoas de outras regiões para aplicar aqui as suas ideias. A proximidade da capital fluminense e dos aeroportos, associada ao clima e a segurança existente no município são boas razões para o desenvolvimento de um bom ambiente de negócios e, consequentemente, novas oportunidades de emprego e renda.

    “A proximidade de Petrópolis com os grandes centros favorece o surgimento de startups por essa região. É importante entender que a startup é parte da transformação do passado para o futuro, pois pode surgir em qualquer lugar. Ela criou o que chamamos de ´Nômade Digital´, já que a pessoa pode trabalhar de qualquer lugar e entregar seu produto onde quiser, lançando mão dos recursos tecnológicos”, explicou Ramon.

     

    Transformação para alavancar a carreira?

    O Brasil conta com mais de 13 milhões de desempregados atualmente, além de registrar o número recorde de 28 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que trabalham menos horas do que uma jornada regular de trabalho ou procuram emprego não compatível com seu perfil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Em razão disso, esse pequeno negócio é visto como uma chance na vida profissional. No Serratec, que tem projetos ambiciosos para transformar a Região Serrana em um polo de desenvolvimento tecnológico, a startup ganhou uma importância central no contexto de sua política de desenvolvimento. O presidente da entidade, Marcelo Carius, destacou vários fatores que podem ainda mais impulsionar a criação desse nicho financeiro tão importante para a cidade no presente e futuro. 

    “O nosso arranjo produtivo dá um valor enorme às startups, porque elas emergem com soluções inovadoras e precisas para remediar dores apresentadas pelo mercado. Em Petrópolis, além de apoiarmos o trabalho já desenvolvido pela incubadora do LNCC, em colaboração com a UFF e a Faeterj, estamos estruturando, em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, um hub de inovação que propulsionará o nascimento de novas startups. Será um ambiente profissional, criativo e diverso, com infraestrutura e acesso a tecnologias de ponta, reunindo mentores, investidores, apoiadores em gestão, enfim, um ecossistema que dará suporte ao nascedouro e amadurecimento de ideias, produtos e soluções baseadas em softwares”, explica. 

    “Em Teresópolis e Nova Friburgo também estamos desenhando ecossistemas similares com parceiros do arranjo produtivo de TI local”, conclui Carius, que firmou um acordo dias atrás com a Mentor APP para começar um mapeamento de startups no município.

     

     

     

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