• Setranspetro denuncia aumento do transporte irregular em Petrópolis

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  • 23/05/2019 11:13

    As denúncias de transporte irregular de passageiros vêm aumentando em toda a cidade. Depois do flagrante de mototaxistas atuando em pleno centro da cidade nessa semana,  o Sindicato das Empresas de Transporte de Petrópolis (Setranspetro) apresentou casos sobre motoristas de vans, carros e até ônibus que oferecem o serviço de forma irregular. A Rua Paulo Barbosa, o Terminal Rodoviário do Bingen e a Praça Marechal Carmona (Praça do Skate) são os pontos mais procurados. As denúncias já foram feitas à Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans).

    “Não é oferecendo um serviço irregular de transporte, sem nenhuma segurança para o passageiros, que vamos melhorar o sistema de transporte na cidade. São vários os problemas desse tipo de serviço: não há segurança, os veículos não são adequados para fazer o transporte de passageiros, entre outros. Já fizemos várias denúncias à CPTrans e é preciso uma fiscalização mais efetiva neste sentido”, comentou a gerente do Setranspetro, Carla Rivetti.

    Além de carros e vans pegando passageiros nos pontos de ônibus, anúncios em grupos de mensagens e redes sociais também oferecerem o serviço irregular. Em épocas de festas – como a Exposição Agropecuária, por exemplo – a oferta desse tipo de transporte é ainda maior. “Em Itaipava, flagramos carros fazendo 'lotada' no ponto da empresa Turb. Nos dias da exposição foi um caos”, lembrou Carla Rivetti.

    Segundo ela, o número que usuários no sistema público de transporte vem caindo a cada ano. Em 2018 houve uma queda de 6% em relação a 2017. No primeiro quadrimestre deste ano, a redução já é 4,6%. “Se falarmos só de passageiros que usam o dinheiro como forma de pagamento, a queda é ainda maior, quase 10% só nos primeiros quatro meses de 2019”, disse a gerente.

    Carla Rivetti alerta que pode ocorrer um “colapso no sistema” caso a situação continue. “Atualmente, 33% dos usuários são da gratuidade. O número de pessoas andando de graça nos coletivos chega a 50%, se incluirmos os idosos que não passam pela roleta. Com a redução dos usuários, principalmente quem paga a passagem em dinheiro, podemos sim entrar em colapso. A situação é muito séria e crítica. Todo o sistema pode falir”, ressaltou.

    O Setranspetro também cobra da prefeitura a regulamentação do transporte por aplicativo, como o Uber. Para o sindicato, a medida facilitará a fiscalização por parte do município. “Não dá para saber quem está andando certo ou não porque não há uma regulamentação do serviço na cidade. Não somos contra a atividade, mas ela precisa ser regularizada”, concluiu a gerente.

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