• SES atualiza casos suspeitos de Coronavírus no Rio

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 28/02/2020 18:34

    A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que, até esta sexta-feira (28/02), 17 casos suspeitos de infecção pelo Novo Coronavírus (Covid-19) estão sendo monitorados. Os casos foram registrados nos seguintes municípios: Rio de Janeiro (8, sendo seis residentes e dois estrangeiros), Niterói (3), Maricá (1), Macaé (1), Nova Friburgo (1), Resende (1) e Nova Iguaçu (1 estrangeiro). Além desses, uma notificação foi feita por Niterói, mas o local da residência ainda está sendo investigado. Além dos sintomas respiratórios, os pacientes têm histórico de viagem para países com circulação ativa do vírus. 

    “Estamos em alerta máximo e preparados para enfrentar o Coronavírus. Desde o início do ano, trabalhamos na organização de um plano de resposta eficiente e ágil para enfrentar este novo vírus. E, em cerca de quarenta dias, teremos 75 leitos reservados para o isolamento de pacientes com coronavírus com indicação de internação hospitalar”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.

    Plano de contingência

    No mês passado, a SES elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar um possível surto no Estado do Rio de Coronavírus, que é capaz de provocar epidemias e pode evoluir a pandemias. Para proteger o cidadão fluminense do COVID-19, a SES definiu objetivos estratégicos, a fim de evitar a disseminação do vírus entre uma população sem imunidade para este subtipo viral.  

    O plano emergencial tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Ficou decidido que a SES vai apoiar, em caráter complementar, os gestores municipais no combate a um possível surto de Coronavírus, precavendo-se e organizando o enfrentamento de tudo aquilo que sair da normalidade. Com isso, a SES iniciou a preparação do plano de contingência em funcionamento no Nível Zero. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.

    Leia também: Cachorro é isolado após teste positivo de coronavírus em Hong Kong

    O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.

    Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconiza a OMS e o Ministério da Saúde.  

    O terceiro item abordado no tópico sobre os objetivos estratégicos do plano aponta para a comunicação do problema: os riscos e casos registrados no Estado do Rio de Janeiro devem ser informados à sociedade o mais rápido possível para, entre outras coisas, combater a desinformação e as perigosas fake news.

    Organização da resposta a um possível surto

    – Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.

    – Nível de Ativação 1 – Transmissão autóctone de Coronavírus no estado do Rio de Janeiro.

    – Nível de Ativação 2 – Transmissão sustentada na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.

    – Nível de Ativação 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no Nível 2 de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. E, ainda, quando a rede de atendimento definida for incapaz de atender à demanda. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde um hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.

    Processo de confirmação ou descarte de casos

    Caso o paciente esteja com os sintomas do Coronavírus e tenha viajado para países com circulação ativa do vírus, o primeiro passo é procurar uma unidade de saúde para buscar assistência. No local, o profissional da unidade vai colocar em prática o protocolo de atendimento para casos a serem investigados – como uso de equipamento de segurança e isolamento do paciente -, além de notificar a Vigilância Municipal a respeito do caso. Além disso, o profissional de saúde realizará coleta do material para análise, que será entregue pela Vigilância Municipal ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ). No Lacen, o material é dividido em duas partes. Uma parte da amostra é analisada na própria unidade, investigando vírus respiratórios comuns, e a outra é enviada à Fiocruz, que realiza a testagem para o coronavírus. A SES esclarece ainda que o acompanhamento do paciente e pessoas que entraram em contato com ela é realizado pela Vigilância Municipal de cada cidade.

    Diferença entre casos

    Notificados – Ainda não é considerado como caso suspeito, já que depende de avaliação de critérios definidos pelas autoridades sanitárias

    Suspeitos – Caso atende aos critérios das autoridades e será confirmado ou descartado com base em análise laboratorial

    Medidas de prevenção

    – Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir

    – Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos

    – Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir

    – Evitar ambientes com muita aglomeração

    – Utilizar álcool em gel nas mãos

    O que fazer em caso de suspeita

    Se estiver com febre ou sintomas respiratórios e tiver vindo de países com casos de coronavírus:

    – Cubra o rosto com máscara cirúrgica

    – Vá à unidade básica de saúde, hospital de emergência ou à UPA mais próxima

    – Siga as orientações dos profissionais de saúde

    – Siga as medidas de prevenção: lave as mãos frequentemente, cubra o rosto ao tossir e espirrar, não compartilhe objetos de uso pessoal, evite locais de grande aglomeração, utilize álcool em gel para as mãos

    Leia também:  Direto da Redação #5 – O novo Coronavírus

    Últimas